metropoles.com

Preso por planejar explosão no DF é comparado a “verme” na CPI do 8/1

George Washington, preso em dezembro por planejar atentado terrorista no DF, ficou em silêncio na CPI sobre o 8 de janeiro

atualizado

Compartilhar notícia

TV Senado
George Washington, condenado por tentar explodir o aeroporto de Brasília na CPMI
1 de 1 George Washington, condenado por tentar explodir o aeroporto de Brasília na CPMI - Foto: TV Senado

Após aproximadamente seis horas de reunião, a oitiva de George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de atentado a bomba perto do aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022, foi iniciada pela CPI dos Atos Golpistas no final da tarde desta quinta-feira (22/6).

Ele entrou na sala após o fim dos questionamentos à equipe de agentes da Polícia Civil do Distrito Federal e decidiu ficar em silêncio, sendo duramente criticado pelo presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA).

Antes da chegada de George Washington, esperava-se um depoimento na condição de testemunha. Ele foi preso no dia 25/12 do ano passado, sob suspeita de planejar um atentado terrorista para explodir parte do aeroporto de Brasília. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão em maio. Além dele, Alan Diego dos Santos Rodrigues foi condenado.

Veja o momento:

“Ele não tentou algo contra o agente político que ele combate, tentou covardemente, de maneira desumana, ceifar a vida de dezenas ou centenas de brasileiros. (…) Essa conduta que o senhor realizou é própria de pessoas como o senhor, agir dessa maneira escondida, falsa, como justamente os vermes se escondem no esgoto”, disse Arthur Maia.

Também nesta terça-feira (22/6), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ouviu, na condição de testemunha: Valdir Pires Dantas Filho, perito responsável pela elaboração do laudo da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal); Renato Martins Carrijo, perito da Polícia civil do Distrito Federal; e Leonardo de Castro, diretor de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF.

A decisão de não falar também foi duramente criticada pelo deputado Duarte Júnior (PSB-MA). Antes, George Washington comentou sobre a distância da família e afirmou ser pai de uma criança com necessidades especiais. O parlamentar, também pai de uma criança em condição semelhante, se revoltou.

“Covarde, medíocre, utiliza a imagem de uma criança com necessidades especiais para sensibilizar as pessoas, seu covarde. Por sorte, você é incompetente até para a prática de um crime. Você cala porque tem rabo preso. Sua covardia vai te manter distante do seu filho”, disse Duarte.

Conexão com Bolsonaro

O senador Jorge Seif (PL-SC) questionou Leonardo de Castro, diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal, se foi detectada, a partir da apreensão dos três celulares de George Washington, alguma conexão entre o preso e o então presidente Jair Bolsonaro ou algum político de direita.

“O conteúdo não mostra nenhum contato com alguma autoridade política. No novo inquérito, foram aprendidos celulares de outros suspeitos, mas a extração de dados ainda está ocorrendo”, respondeu.

O questionamento acontece porque foi encontrado, no telefone de George Washington, o rascunho de uma carta endereçada ao então presidente Jair Bolsonaro. Em determinado trecho, ele escreveu: “O sr despertou esse espírito”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?