A presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), criticou, nesta quinta-feira (31/3), o ex-ministro e ex-pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro, que, segundo ela, trocou sua legenda pelo União Brasil “sem sequer uma comunicação interna”.
“Para a surpresa de todos, tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável”, disse ela, em nota.

Sérgio Moro (União)Rafaela Felicciano/Metrópoles

Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da RepúblicaFábio Vieira/Metrópoles

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos)Fábio Vieira/Metrópoles


Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo BolsonaroRafaela Felicciano/Metrópoles
A parlamentar afirmou que vai continuar buscando “uma alternativa que olhe nos olhos sem titubear” e “que, com firmeza de propósitos, nunca desista de sonhar” para oferecer aos brasileiros.
Renata destacou que as conversas até a filiação de Moro ao Podemos e o lançamento da pré-candidatura dele ao Palácio do Planalto duraram mais de um ano e que o partido “jamais mediu esforços para garantir ao presidenciável uma pré-campanha robusta”.
“O Podemos não tem a grandeza financeira daqueles que detém os maiores fundos partidários, como é sabido por todos. Mas tem a dimensão daqueles que sonham grande, com a convicção de que o projeto de um Brasil justo para todos vale mais do que o dinheiro”, afirmou ela.
Desde dezembro passado, o ex-ministro recebia salário de R$ 22 mil do partido. Ademais, o Podemos desembolsou R$ 200 mil para lançar Moro ao Planalto e com viagens dele a diversos estados e à Alemanha.