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Presidente da CPI pauta quebra de sigilo de deputado estadual do AM

A inclusão dos pedidos em pauta decorre do depoimento do parlamentar amazonense ocorrido nesta terça-feira (29/6)

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do deputado estadual do Amazonas que foi relator da CPI da Saúde, realizada pela Assembleia Legislativa do estado em 2020, para investigar denúncias na gestão estadual das ações de combate à covid-19. Mesa: deputado estadual Fausto Junior (MDB-AM); presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
1 de 1 Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do deputado estadual do Amazonas que foi relator da CPI da Saúde, realizada pela Assembleia Legislativa do estado em 2020, para investigar denúncias na gestão estadual das ações de combate à covid-19. Mesa: deputado estadual Fausto Junior (MDB-AM); presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o colegiado votará, nesta quarta-feira (30/6), requerimentos de quebra de sigilo do deputado estadual Fausto Junior (MDB-AM) e de familiares. A inclusão dos pedidos em pauta decorre do depoimento do parlamentar amazonense ocorrido nesta terça (29/6).

Fausto compareceu ao colegiado para depor na condição de testemunha, por ter sido relator de uma comissão parlamentar de inquérito na Assembleia Legislativa local. A CPI da Saúde, como foi chamada, investigou irregularidades do governo local na gerência da saúde do estado e terminou com o não indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). O fato irritou senadores da oposição.

Em depoimento, o deputado sugeriu, porém, que deveria haver o indiciamento do presidente da CPI da Covid. Aziz, então, sugeriu que o deputado possui relação com empresas envolvidas em supostos esquemas de corrupção. “A corrupção fez com que o relator não indiciasse o governador”, disse. O depoente rebateu dizendo que era uma calúnia.

A sessão foi marcada por atritos entre Aziz e o depoente. Antes de encerrar a oitiva, o presidente da CPI da Covid afirmou que, como resultado do depoimento de Fausto Junior, pautará requerimentos de quebra de sigilo do parlamentar e de familiares.

“O deputado veio aqui hoje para tentar justificar as agressões contra mim. Eu tenho um inquérito em que não fui denunciado e não serei porque não tenho com o que me preocupar. Vimos aqui hoje uma série de mentiras. Uma pessoa que diz que não sabe quem é mãe e a irmã, não sabe onde pai trabalha”, disse Aziz.

“Verdade”

O presidente do colegiado do Senado, eleito pelo Amazonas, disse que o estado “vai ver quem está falando a verdade”. “Já estou assinando os requerimentos, amanhã aprovaremos quebra de sigilo de alguma pessoas, inclusive do deputado, da família e o Amazonas vai ver quem está falando a verdade”, defendeu.

“Eu vou mostrar o motivo pelo que o deputado não indiciou o governador do Amazonas. O motivo é muito grande, vocês vão ver como estão elegendo deputado. É prefeito sendo pressionado a dar voto a pessoas ligadas a pessoas do TCE. Qualquer deputado e senador do meu estado sabe disso”, prosseguiu.

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Na saída da sessão, Fausto disse a jornalistas que foi “muito atacado” no depoimento. “Eu vim com toda disposição para testemunhar sobre tudo que foi apurado. Lamentavelmente, fui muito atacado. Meu relatório investigou o governo do senador Omar Aziz e isso motivou os ataques contra mim. Isso não vai me abalar, reajo com serenidade”.

CPI da Saúde

Fausto Junior foi convocado a pedido do senador governista Marcos Rogério (DEM-RO). O objetivo da base governista é reforçar a responsabilidade do governo estadual na crise sanitária ocorrida no Amazonas.

A CPI estadual foi instalada em maio de 2020 justamente para investigar a ocorrências de atos administrativos ilícitos durante a crise sanitária.

No requerimento, Rogério destaca que, após 120 dias, as investigações da CPI revelaram que autoridades, servidores públicos e representantes de empresas privadas se associaram com o intuito de obter vantagens patrimoniais indevidas.

Além disso, segundo o senador, a CPI da Saúde teve atuação decisiva e complementar nas linhas de investigação do chamado “escândalo dos ventiladores pulmonares” comprados pelo governo do Amazonas por intermédio de uma loja de vinhos.

O governo do Amazonas é alvo de investigações da Polícia Federal referente a fraudes em aquisições emergenciais e desvio de recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.

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