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Pazuello nega ter negociado compra da Coronavac com intermediários

Ex-ministro da Saúde afirmou que foi apenas cumprimentar representantes da empresa, após reunião com a secretaria-executiva da pasta

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Eduardo Pazuello na CPI da Covid
1 de 1 Eduardo Pazuello na CPI da Covid - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello negou, em nota divulgada na noite desta sexta-feira (16/7), ter negociado no ministério a compra da vacina Coronavac com intermediários. Vídeo revelado pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que Pazuello negociou com intermediadores a aquisição de 30 milhões de doses da vacina pelo triplo do preço praticado pelo Instituto Butantan.

 

“Enquanto estive como ministro da Saúde, em momento algum negociei aquisição de vacinas com empresários, fato que já foi reiteradamente informado na CPI da Pandemia e em outras instâncias judicantes”, disse ele.

Pazuello repete o que disse durante o depoimento à CPI. No colegiado, foi questionado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a razão pela qual ele não liderou a resposta brasileira à Pfizer, ao que o ex-ministro respondeu: “Pela simples razão de que eu sou o dirigente máximo, eu sou o decisor, eu não posso negociar com a empresa. Quem negocia com a empresa é o nível administrativo, não o ministro. O ministro jamais deve receber uma empresa, o senhor deveria saber disso”.

Na nota, o ex-ministro disse ainda que determinou que a secretaria-executiva, então sob comando do coronel da reserva Elcio Franco, fizesse “pré-sondagem acerca da proposta a ser ofertada pela World Brands Distribuidora S.A. (Sinovac Biotech Ltd.)”.

“Ante a importância da temática, uma equipe do Ministério da Saúde os atendeu e este então ministro de Estado —que detém o papel institucional de representar o Ministério da Saúde— foi até a sala unicamente para cumprimentar os representantes da empresa, após o término da reunião”.

Pazuello afirmou que a assessoria de comunicação da pasta foi quem sugeriu a realização da gravação, para tornar público o encontro, em respeito aos princípios previstos no artigo 37 da Constituição, que trata das regras gerais para atuação na administração pública.

“Após a gravação, os empresários se despediram e, ato contínuo, fui informado de que a proposta era completamente inidônea e não fidedigna. Imediatamente, determinei que não fosse elaborado o citado memorando de entendimentos —MoU—, assim como que não fosse divulgado o vídeo realizado”, prosseguiu o ex-ministro.

Exonerado da Saúde em março de 2021, Pazuello está desde junho no cargo de secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, vinculada à Presidência da República. Trata-se de um cargo comissionado de Direção e Assessoramento Superior (DAS).

 

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