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Doria: enquanto trabalhávamos pela Coronavac, Pazuello superfaturava

Gravação divulgada nesta sexta-feira (16/7) mostra que o ex-ministro negociou a vacina do Butantan, com intermediários, pelo triplo do preço

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Coronavac
1 de 1 Coronavac - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria, reagiu nesta sexta-feira (16/7) à notícia de que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello negociou a compra da Coronavac, com intermediários, pelo triplo do preço.

No Twitter, Doria disse que, enquanto o governo de São Paulo trabalhava para garantir que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan com a chinesa Sinovac fosse comercializada de forma segura e com preço justo, o ex-ministro superfaturava.

Veja o post:

Nesta sexta-feira, tornou-se pública a notícia de que, em encontro fora da agenda, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, negociou com intermediadores a compra de 30 milhões de doses da vacina Coronavac. Os imunizantes foram oferecidos ao governo pelo preço de 28 dólares por dose, o que corresponde a quase o triplo do valor comercializado pelo Instituto Butantan (10 dólares).

Uma gravação em que Pazuello descreve o compromisso foi obtida pela Folha de S.Paulo. Na ocasião, em 11 de março, o ex-ministro se encontrou com representantes da empresa World Brands, de Santa Catarina. A reunião aconteceu no gabinete do então secretário-executivo da pasta, o coronel da reserva Elcio Franco.

A informação contradiz depoimento do ex-ministro à CPI da Covid-19, em maio. Durante a oitiva, Pazuello declarou que não se reuniu com dirigentes da Pfizer por entender que as conversas deveriam ser travadas pelo setor administrativo da pasta, e não pelo ministro.

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