O deputado federal Célio Moura (PT-TO) e o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) entraram com pedidos para que o Supremo Tribunal Federal (STF) apreenda o passaporte do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub com o objetivo de evitar que ele saia do país e não responda na Justiça pelos ilícitos pelos quais é acusado, incluindo o crime de racismo.
Para o deputado, “Weintraub dissemina falsas notícias, tem atitudes criminosas e trabalha, permanentemente, para atacar as instituições democráticas de nosso país. Tem que, primeiro, responder por todos os seus crimes para poder deixar o país. Trata-se de um inimigo da democracia perigoso, ataca o Judiciário, o Legislativo e envergonha nossa nação por sua tenebrosa gestão de desmonte da Educação Pública”.
O senador argumenta que ao anunciar a viagem, o ex-ministro se esquece da condição de investigado. “Ao comemorar a iminente mudança ao exterior, o senhor Abraham Weintruab, aparentemente, se esqueceu de mencionar que ostenta a condição de investigado perante o Supremo Tribunal Federal, por potencial cometimento do crime de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e ao Estado de Direito”, diz a petição.
Nesta sexta-feira, o ex-ministro anunciou, por meio das redes sociais,a intenção de deixar o Brasil “o mais rápido possível”. “Aviso à tigrada e aos gatos angorás (gov bem docinho). Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias). Não quero brigar! Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem”, escreveu o ex-ministro.
Aviso à tigrada e aos gatos angorás (gov bem docinho). Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias). NÃO QUERO BRIGAR! Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem!
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 19, 2020
Weintraub é alvo do inquérito das fake news, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, no STF. Ele também responde pela acusação de racismo contra chineses devido a comentários postados nas redes. Na quina-feira, em vídeo, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele anunciou a saída do cargo. O ex-ministro foi indicado pelo presidente para um cargo de diretor no Banco Mundial.

O ministro foi alvo de críticas por causa de cortes em bolsas de pesquisaAndre Borges/Esp. Metrópoles

Acusado de racismo contra chineses, Weintraub depôs por escrito à Polícia FederalJacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

Após saída do governo, Weintraub foi indicado para o Banco MundialAndre Borges/Esp. Metropoles

Weintraub é investigado no Inquérito das Fake News no STFReprodução/Redes Sociais

Acusado de racismo contra chineses, Weintraub depôs por escrito à Polícia FederalAndre Borges/Especial para o Metrópoles

A permanência de Weintraub no MEC ficou insustentável após os ataques que ele fez aos ministros do STF, a quem chamou de "vagabundos"Andre Borges/Esp. Metrópoles

A permanência de Weintraub no MEC ficou insustentável após os ataques que ele fez aos ministros do STF, a quem chamou de "vagabundos"Fotos: Hugo Barreto/Metropoles

Weintraub, na Esplanada, sem a máscara: ele foi multado em R$ 2 mil por IbaneisFotos: Hugo Barreto/Metropoles

Abraham Weintraub é reeleito diretor-executivo do Banco MundialLuis Fortes/MEC