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Paes contraria Bolsonaro e confirma 7 de Setembro no centro do Rio

Presidente havia dito que faria o desfile das comemorações da Independência na praia de Copacabana, mas prefeito vetou

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rio de Janeiro (RJ), 21/11/20. Eduardo Paes conversa com Raquel Sheherazade para o Metrópoles Entrevista. Eduardo Paes, candidato à prefeitura do RJ. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rio de Janeiro (RJ), 21/11/20. Eduardo Paes conversa com Raquel Sheherazade para o Metrópoles Entrevista. Eduardo Paes, candidato à prefeitura do RJ. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), não cedeu aos apelos do presidente Jair Bolsonaro (PL), e decidiu não levar o desfile de 7 de Setembro para a praia de Copacabana, mantendo-o no centro da cidade, na avenida Presidente Vargas. “Aonde o Exército solicitou e aonde sempre foi feito”, segundo escreveu Paes nas redes sociais.

Veja:

No fim de julho, durante convenção que oficializou a candidatura de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo, Bolsonaro anunciou: “Às 16h [do dia 7 de Setembro], nossas Forças Armadas estarão desfilando na Praia de Copacabana ao lado de nosso povo”.

A ideia seria capitalizar o bicentenário da proclamação da Independência e demonstrar força política. Na convenção do PL, realizada no dia 24 de julho, no Rio de Janeiro, o presidente convocou apoiadores para irem às ruas no dia 7 de setembro.

“Nós somos a maioria, nós somos do bem, nós temos disposição para lutar pela nossa liberdade, pela nossa pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de Setembro, vá às ruas pela última vez”, disse.

Paes citou desafios

Na última terça-feira, em um tom mais ameno, Eduardo Paes, aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se pronunciou sobre a realização do desfile de 7 de Setembro na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Em sua conta oficial do Twitter, declarou-se “honrado” em realizar o evento na cidade e se colocou “inteiramente à disposição do governo federal”.

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Porém, pediu tempo de organização para que tudo saísse dentro do esperado. “A prefeitura disponibiliza arquibancadas, gradeamento e palanques, que, por óbvio, demoram algum tempo para ser montados. A Avenida Atlântica, caso seja desejo se realizar lá o evento, apresenta alguns desafios”, afirmou.

“Não custa lembrar que os calçadões daquela avenida são tombados e que ali existe uma quantidade muito grande de moradores. Obviamente, desafios que podem ser superados desde que se tenha organização e planejamento e se permita modificações na estrutura tradicional do evento”, ressaltou.

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