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Nº 2 do Aliança sobre manifestações: “Nunca promoveria ato antidemocrático”

Luiz Felipe Belmonte, vice-presidente da legenda que Bolsonaro tenta criar, disse ser contra ataques ao Congresso ou ao Judiciário

atualizado

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Antes dele, a linha sucessória do mandato de Izalci contempla o empresário Luis Felipe Belmonte
1 de 1 Antes dele, a linha sucessória do mandato de Izalci contempla o empresário Luis Felipe Belmonte - Foto: Reprodução

O vice-presidente do Aliança pelo Brasil, Luiz Felipe Belmonte, rechaçou ter incentivado ou financiado as manifestações antidemocráticas ocorridas no último domingo (03/04), em Brasília. O Aliança é a legenda que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos se esforçam para criar.

Segundo afirmou Belmonte, ele jamais incentivaria ações contra a democracia. “Sou um cara de caráter, de formação, bem-educado, jamais promoveria um ato antidemocrático”, disse, em entrevista ao Metrópoles.

Belmonte é o vice-presidente do partido e indicado como um dos principais financiadores do movimento de criação da legenda. Ele diz que, desde março, não participa das ações do grupo.

“Até março, tive um papel fundamental em reunir apoio para a formação do partido. Agora, a fase é outra, é uma fase mais política e não me considero mais na cúpula. Se estou lá ainda, é porque o momento não me permitiu formular o rearranjo”, disse.

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Belmonte deu uma explicação sobre qual teria sido seu papel nas recentes manifestações da Esplanada, em que participantes clamaram por intervenção militar e fechamento das instituições democráticas.

“Na época em que eu participei do movimento para a reunião de apoiadores, fiz muitos contatos, inúmeros mesmo. Recentemente, alguns destes apoiadores de Bolsonaro entraram em contato comigo e me pediram ajuda porque queriam fazer um ato em favor do presidente. Eu disse ‘olha, posso passar o contato de outros grupos que estão se organizando também’”, pontuou.

No domingo, Belmonte chegou a ir à Esplanada, mas ele disse que sua presença na manifestação não configura condescendência com os atos antidemocráticos: “Isso nunca. Fui até lá, fiquei 15 minutos, dei algumas declarações sobre o fato de considerar que o ato do presidente no evento é discricionário. Mas jamais me prestaria ao papel de defender o fechamento de instituições como Congresso, como o Supremo. Sou a favor de que o Legislativo legisle, o Judiciário julgue e o Executivo governe”.

Além disso, Belmonte negou que tenha patrocinado o evento do fim de semana. “Não coloquei nenhum centavo ali. Não tenho dinheiro para jogar fora, não pagaria para ninguém vir passear em Brasília”, afirmou.

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