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Múcio recebe deputados bolsonaristas para tratar de 8/1 e decretos de armas

Ministro da Defesa, José Múcio tem agenda com deputados do PL que vão apresentar queixas sobre a situação dos presos em 8/1 e dos CACs

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra José Múcio, ministro da Defesa de Lula - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Defesa, José Múcio, vai receber, às 17h desta segunda-feira (13/2), deputados bolsonaristas interessados em discutir a situação dos presos que participaram, financiaram ou fomentaram os atos terroristas de 8 de janeiro e as limitações impostas pelo governo federal aos CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores).

Para o deputado Coronel Meira, do PL de Pernambuco, muitas das pessoas acusadas após os atos de 8 de janeiro foram presas “de forma aleatória”.

“Sabemos que esse é um tema político e que devemos ter sensibilidade para resolver essa questão humanitária, haja visto as condições precárias em que se encontram essas pessoas”, disse Meira.

 Até o momento, 942 dos 1.406 detidos após os episódios de vandalismo permanecem presos; 462 estão com tornozeleira eletrônica. Há ainda 653 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR); 92 pessoas e sete empresas tiveram o patrimônio bloqueado por financiar ou participar dos atos antidemocráticos, e outras 84 foram denunciadas e aguardam decisão da Justiça para bloqueio dos bens.

O prejuízo estimado pela destruição das sedes dos Três Poderes é de, pelo menos, R$ 20,7 milhões.

Situação dos CACs

O segundo tema em pauta na reunião é o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 1º de janeiro que restringiu o acesso a armas e munições no país e também suspendeu a concessão de novos certificados de registro (CR) aos caçadores, atiradores e colecionadores.

Entre as restrições impostas, estão a proibição do transporte de arma municiada, a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos, e a redução de seis para três a quantidade de armas que o cidadão comum pode ter.

O documento foi o primeiro ato do processo de reestruturação da política armamentista no país. A norma também suspende novas autorizações a clubes de tiro até que a legislação seja reeditada.

Para os parlamentares — todos do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) —, o decreto de Lula praticamente inviabiliza a atividade dos clubes de tiro no país.

Participam da agenda com o ministro da Defesa os deputados federais General Girão (PL-RN), Bia Kicis (PL-DF), Deputado Vermelho (PL-PR), Delegado Caveira (PL-PA), Delegado Ramagem (PL-RJ), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Domingos Savio (PL-MG).

Apesar da previsão, o encontro com deputados do PL não consta na agenda oficial do ministro da Defesa, que registrou apenas uma reunião do Alto Comando do Exército pela manhã. A pasta foi procurada para confirmar o compromisso, mas não respondeu.

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