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Mourão: “No mundo político, nada funciona igual a um relógio”

O vice-presidente deu a declaração quando comentava fala do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, sobre impeachment no STF

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Hamilton Mourao e Bolsonaro no aniverario do Comando da Aeronautica – Foto Romerio Cunha VPR 2
1 de 1 Hamilton Mourao e Bolsonaro no aniverario do Comando da Aeronautica – Foto Romerio Cunha VPR 2 - Foto: null

Na manhã desta quarta-feira (14/4), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que, no mundo político, “nada funciona igual relógio”. O general deu a declaração quando comentava a fala do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de que “impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal é revanchismo”.

“Isso é um problema que está na mão do Legislativo. Eu deixei claro que cada um dos Poderes que a gente convive harmonicamente tem que saber o tamanho da sua cadeira. Então, não vou ficar comentando fatos que são pertinentes do Legislativo”, disse.

Mourão lembrou que os tempos são difíceis e conturbados, mesmo antes da pandemia da Covid-19. “Obviamente, ocorrem essas fricções, que, na minha visão, são normais”, pontuou.

E continuou: “No mundo político, nada funciona igual a um relógio. Então, a fricção é algo que acontece, e a gente tem que saber fazer uma aproximação, contemporizar e buscar sempre alinhar as percepções e ter a melhor linha de ação para solucionar os problemas do Brasil em conjunto”.

Impeachment no STF

Assim que foi apresentada, a CPI da Covid fez com que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insinuasse uma retaliação do Legislativo, que poderia colocar em tramitação pedidos de impeachment contra integrantes do Supremo.

“No Senado, tem pedidos de impeachment de ministro do Supremo”, relembrou o chefe do Executivo nacional.

Capitaneado pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), um pedido de  impeachment do ministro Alexandre de Moraes em contra-ataque à abertura da CPI da Covid reafirmado.

O partido de Kajuru reagiu e “convidou” o senador a se retirar, pela pressão feita à Corte.

“Foi essa CPI, com esse objeto, que o STF, em decisão liminar tomada em mandado de segurança coletivo impetrado pelo Cidadania, mandou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instalar. O ministro Luís Roberto Barroso seguiu jurisprudência já estabelecida na Corte, garantindo um direito constitucional da oposição no Congresso Nacional”, enfatizou o partido.

CPI da Covid

Durante a leitura da abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar ingerências do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento da pandemia de Covid-19, Pacheco afirmou que vai apensar o requerimento de autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) ao pedido feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A decisão permite que a Casa investigue, além do governo federal, ingerências cometidas por estados e municípios com recursos federais destinados ao enfrentamento da crise sanitária. Segundo Pacheco, o apensamento ocorre em razão das CPIs propostas pelos senadores “tratarem de matérias conexas”.

A ampliação da CPI a estados e municípios é uma vitória da base aliada do governo federal e de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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