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Mourão elogia golpe militar de 1964: “Impediu movimento comunista”

Declaração feita nas redes sociais ocorre um dia após novo ministro da Defesa, Braga Netto, afirmar que “movimento” deve ser “celebrado”

atualizado

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Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão, durante 4ª Reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).     Foto: Bruno Batista /VPR
1 de 1 Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão, durante 4ª Reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL). Foto: Bruno Batista /VPR - Foto: null

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), elogiou o golpe militar de 1964, que completa 57 anos nesta quarta-feira (31/3).

“Neste dia, há 57 anos, a população brasileira, com apoio das Forças Armadas, impediu que o Movimento Comunista Internacional fincasse suas tenazes no Brasil. Força e honra!”, escreveu Mourão nas redes sociais.

A publicação do vice-presidente ocorre um dia após o novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, divulgar uma mensagem alusiva ao “movimento de 31 de março de 1964”.

“Eventos ocorridos há 57 anos, assim como todo acontecimento histórico, só podem ser compreendidos a partir do contexto da época”, inicia o texto.

Na sequência, a nota assinada por Braga Netto alega que “os brasileiros perceberam a emergência e se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas, do segmento empresarial, de diversos setores da sociedade organizada e das Forças Armadas”.

“As Forças Armadas acabaram assumindo a responsabilidade de pacificar o país, enfrentando os desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas que hoje desfrutamos.”

Depois de retiradas do calendário oficial das Forças Armadas pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi presa e torturada pela ditadura militar, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ressuscitou as celebrações. Em 2019, o mandatário chegou a pedir que a data voltasse a ser comemorada nos quartéis.

Em 2020, ainda sob comando do general Fernando Azevedo e Silva — que deixou o posto esta semana —, o Ministério da Defesa publicou uma nota dizendo que o regime militar foi um “marco para a democracia”, mesmo tendo instalado uma ditadura de 21 anos.

No último dia 17, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região acatou recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o governo federal possa fazer atividades em alusão ao golpe militar de 1964. O julgamento teve placar de 4 a 1.

O texto de Braga Netto alusivo aos 57 anos do golpe o classifica como “movimento” e diz que ele é parte da trajetória histórica do Brasil. “Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março.”

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