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Marina Silva assina manifesto e se compromete com reforma política

Documento da Pacto pela Democracia determina que candidatos signatários promoverão “verdadeira” reformulação política e eleições limpas

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Marina Silva
1 de 1 Marina Silva - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A candidata a presidente da República pela Rede, Marina Silva, assinou nesta segunda-feira (13/8) manifesto em defesa da democracia, com o compromisso de realizar reforma política, caso eleita. Questionada se há nomes na disputa que possam pôr em risco a democracia, ela respondeu: “Os que têm saudosismo em relação a ditadura, com certeza preocupam; os que fizeram uso do caixa 2 também”.

“No caso do Brasil, uma das formas de enfraquecer a democracia é a corrupção, a falta de equidade na disputa eleitoral, a falta de mobilidade política dentro das estruturas partidárias”, disse Marina Silva, após assinar o documento.

Candidatos que aderirem ao manifesto devem “realizar uma ampla reforma política após as eleições, abrindo o caminho para sair da crise melhores do que antes, no rumo reafirmado da construção do país que precisamos”. O texto não detalha, contudo, quais mudanças devem ser feitas.

Essa já é uma das principais bandeiras de Marina Silva, que defende o fim da reeleição, a restrição do foro privilegiado, mandato de dois anos para o Legislativo e voto distrital misto.

A presidenciável foi a primeira a se comprometer com as diretrizes propostas pelo grupo suprapartidário Pacto pela Democracia, do qual fazem parte movimentos de renovação, como Agora!, do apresentador Luciano Huck; RenovaBR e Raps. A ONG já conversou com as campanhas de Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSol) e a do PT.

“A ideia é que isso seja uma agenda compartilhada. A gente precisa conseguir fazer uma reforma legítima para valer”, disse José Marcelo Zacchi, um dos coordenadores do Pacto. Os integrantes da mobilização querem que o presidente eleito já convoque consulta pública no Congresso, em novembro, para que a próxima legislatura comece com essa agenda.

O manifesto defende ainda diálogo e tolerância, bem como eleições limpas, além de reafirmar “repúdio pleno a todas as formas de discriminação e violência na ação política”. O evento com Marina Silva ocorreu depois da sabatina da ONG Todos Pela Educação, na sede da entidade.

A educadora e acionista do Banco Itaú, Neca Setubal, esteve presente no encontro desta tarde. “Completamente afastada” da campanha, como ela já disse à reportagem, Neca descartou estar acompanhando Marina Silva e afirmou ter comparecido ao evento do Todos e do Pacto por fazer parte das duas organizações.

Campanha limpa
Após ser atacada nas redes sociais, Marina Silva também declarou nesta segunda-feira esperar que a sociedade denuncie os ataques virtuais da forma que puderem. Para ela, se continuarem as tentativas de “reeditar a violência” que ela sofreu das campanhas adversárias em 2014, o país vai para “um poço sem fundo”.

O jornal O Estado de S. Paulo noticiou no domingo que a equipe da presidenciável acionou o Facebook após comentários em sua página que a associavam ao número do candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

“A tentativa de reeditar a violência, a intimidação, enfim, a tragédia que nos trouxe para o fundo do poço, e se isso se repetir, vamos para um poço sem fundo”, disse a candidata, após assinar manifesto do Pacto pela Democracia.

“Nós temos o compromisso de fazer uma campanha limpa, democrática, sem fazer o uso de fazer robôs pra fazer difamações (…). Esses ataques, eu espero que sejam denunciados por quem pode denunciar”, completou.

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