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Marina defende derrubada de barreiras não tarifárias para exportações

Em Ipameri (GO), a presidenciável apresentou propostas para o setor agrícola e prometeu ampliação do mercado externo

atualizado

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1 de 1 Marina-Silva1 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em visita à Fazenda Santa Brígida, no município de Ipameri (GO), a candidata ao Planalto Marina Silva (Rede) defendeu nesta sexta-feira (24/8) a derrubada dos obstáculos não tarifários para incrementar as exportações brasileiras do setor. “Vamos desconstruir essas barreiras para aumentar a produção agrícola do país”, afirmou a presidenciável.

Na mesma linha de ação, Marina propõe ampliar o crédito para a agricultura de baixo carbono dentro do Plano Safra, oferecido pelo governo federal. Ela também prometeu incentivar a assistência técnica para pequenos, médios e grandes produtores rurais. “Existe possibilidade de diálogo entre o agronegócio, o extrativismo e a agricultura familiar”, ponderou.

Para a candidata, o Brasil deve usar as técnicas sustentáveis para aumentar a produtividade nos 50 milhões de hectares de pastagens degradadas para onde a agricultura pode se expandir. Desse total, 30 milhões de hectares estão no cerrado. Em uma tentativa de se aproximar dos representantes do agronegócio, Marina opinou que o setor não é homogêneo e que muitos atuam de maneira correta e que “meia dúzia” faz errado.

No discurso feito para a dona da fazenda, Marise Porto, e funcionários, a presidenciável apostou na mudança do modelo de desenvolvimento. “O Brasil pode ser um país que ganhará novo ciclo, além das commodities como ferro e soja, podemos mais agricultura sustentável, turismo e indústria”, declarou a ex-ministra do Meio Ambiente.

Ao lado da proprietária, a presidenciável voltou a enaltecer o papel das mulheres nos negócios. “As mulheres sabem dividir melhor a autoria das coisas que fazem”, disse Marina, ao comentar o fato de que Marise citou outras pessoas que tiveram papel importante no projeto implantado na fazenda.

Na opinião da candidata, o futuro ocupante do Palácio do Planalto precisa de visão estratégica. “Se tivermos uma chance, o Brasil fará jus ao que é e pode ser, no século 21, o que os Estados Unidos foram no século XX”, acrescentou.

A Fazenda Santa Brígida implanta desde 2005 um conjunto de técnicas desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para produção integrada e lavoura, pecuária e floresta. De acordo com os administradores da propriedade, desde o início do projeto, houve grande aumento da produtividade nas lavouras. O milho, por exemplo, subiu de 70 sacos por hectare/ano para 200 sacos por hectare/ano. No caso da soja, o crescimento foi de 45 sacos para 75 sacos por hectare/ano.

Indagada sobre a Proposta de Emenda Constitucional que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil, conhecida como PEC do veneno. “O projeto não é adequado para o Brasil se tornar competitivo na agricultura. Quanto melhor forem nossas práticas, maior chance de colocar nossos produtos lá fora”, disse. Marina acrescentou, ainda, que não é necessário que a agricultura lance mão de agrotóxicos proibidos na Europa e nos Estados Unidos. “Se fizer isso, terá mais dificuldade de colocar nossos produtos lá fora”, completou.

Empresas públicas
Perguntada sobre a possibilidade de privatização da Embrapa, Marina afirmou ser contra e acrescentou discordar também da venda do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa.

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