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Lula diz que PT pode não ter candidato em 2022 e compor chapa como vice

O ex-presidente apontou que tem que ser um candidato que respeite o PT como maior partido de esquerda e que não queria briga com a legenda

atualizado

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Reprodução TVT
Homem com livros ao fundo
1 de 1 Homem com livros ao fundo - Foto: Reprodução TVT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (20/08) que é “plenamente possível que o PT não tenha candidato à Presidência” em 2022.

Em entrevista do canal da TV Democracia, na internet, o ex-presidente falou dessa possibilidade ao ser perguntado sobre a situação da Argentina, na qual a ex-presidente Cristina Kirchner aceitou ser vice na chapa de Alberto Fernández e venceu as eleições.

“É plenamente possível que o PT não tenha candidato à Presidência. O PT pode ter candidato a vice. O PT pode ser candidato a outra coisa. Isso é plenamente possível”, rebateu Lula.

O ex-presidente, entretanto, disse que o PT é “o maior partido de esquerda da América Latina” e que precisa ser respeitado como tal.

“É preciso ter um candidato (de esquerda) que tenha habilidade de tratar os partidos com o respeito que os partidos merecem. Não adianta querer brigar com o PT. Não podem querer que o PT abra mão dessa grandeza que o povo lhe deu (nas urnas) a troco de nada. Ou apresenta um candidato maior do que o PT ou não tem chance. As pessoas falam: ‘Olha, eu tenho uma pesquisa que mostra que no segundo turno tem (candidato com) mais voto que o Lula’. Ok, mas, para passar para o segundo turno, tem que passar antes pelo primeiro'”, ressalvou.

Esse perfil de candidato difere, por exemplo, de Ciro Gomes, candidato do PDT em 2018 e que é promessa de candidatura do partido para 2022. Na mesma entrevista que aventou a possibilidade de ceder a cabeça de chapa, Lula fez críticas a Ciro.

“Tenho mais carinho pelo Ciro do que ele tem demonstrado ter por mim. O companheiro Ciro deveria ter ficado no Brasil e ter declarado apoio ao Fernando Haddad (no segundo turno contra Jair Bolsonaro). Mas ele preferiu um gesto de rebeldia”, ressaltou.

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