metropoles.com

Luis Miranda sobre acareação com Onyx: “Não tenho nada a esconder”

CPI da Covid-19 aprovou requerimento de acareação entre o deputado federal e o ministro do Trabalho e Emprego

atualizado

Compartilhar notícia

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Deputado Luis Miranda, do DEM do Distrito Federal, durante coletiva após depor na sede da Polícia Federal, em Brasília 2
1 de 1 Deputado Luis Miranda, do DEM do Distrito Federal, durante coletiva após depor na sede da Polícia Federal, em Brasília 2 - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que “não tem nada a esconder” dos senadores da CPI da Covid-19 na acareação entre ele e o ministro do Trabalho e Emprego, Onyx Lorenzoni. A oitiva entre os filiados do DEM foi aprovada pelo colegiado em sessão nesta quarta-feira (11/8).

Procurado pelo Metrópoles, Miranda reforçou que todo conteúdo apresentado por ele à comissão é original e não sofreu alterações.

“Infelizmente, meu colega Onyx para defender o governo apresentou uma invoice que já é tida como falsa, editada e modificada, e provavelmente é isso que a CPI quer saber. Tudo que apresentei era oficial e só falei a verdade. Infelizmente, meu colega cometeu algum erro. Já não depende de mim”, disse o deputado à reportagem.

0

O requerimento aprovado pela CPI foi apresentado pelo vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Como justificativa, o senador mencionou as manifestações divergentes do ministro e do deputado, no caso da Covaxin, sobre as invoices – espécie de resumo de nota fiscal, com dados de importação e exportação.

“Desta forma, é necessário que a CPI proceda à acareação entre ambos, a fim de chegar à verdade dos fatos e encaminhar a responsabilização dos agentes culpados pelas mais de 565 mil mortes pela pandemia da Covid-19 no país”, ressalta.

Miranda diz que houve três versões enviadas à negociação: a primeira, enviada em 18 de março, conteria 300 mil unidades por US$ 45 milhões e pagamento antecipado; na segunda, remetida em 19 de março, haveria o fornecimento de 3 milhões de unidades, com pagamento antecipado; a terceira proposta seria semelhante à segunda, mas sem necessidade de pagamento antecipado.

Lorenzoni, por sua vez, exibiu a primeira versão do documento, para evidenciar a diferença do texto apresentado por Miranda. Tal discrepância, entretanto, teria como justificativa o fato de Miranda ter indicado a terceira proposta de compra.

A apreciação ocorreu durante o depoimento de Jailton Batista, diretor da Vitamedic Indústria Farmacêutica. O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), destacou que colocou em votação “diante da relevância e urgência do tema”.

Compartilhar notícia