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Lira instalará gabinete no local do comitê de imprensa, que vai para subsolo

Mudança altera projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer e pode dificultar o acesso dos profissionais da imprensa ao presidente

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
O deputado federal e candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP), durante coletiva de imprensa na Associação Comercial de São Paulo, na região central, nesta tarde de quinta-feira (21).
1 de 1 O deputado federal e candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP), durante coletiva de imprensa na Associação Comercial de São Paulo, na região central, nesta tarde de quinta-feira (21). - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ordenou a mudança de local do comitê de imprensa da Casa e, consequentemente, a remoção de jornalistas de sua área de trabalho. No local, Lira vai instalar o seu gabinete. Não há definição sobre onde ficarão os profissionais que fazem a cobertura do Legislativo, mas, a princípio, irão para o subsolo da Casa.

A decisão, que ocorre uma semana após Lira assumir a presidência da Casa, foi comunicada nesta segunda-feira (8/2) pelo diretor-geral, Sérgio Sampaio. A mudança é uma alteração no projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer e pode dificultar o acesso dos profissionais da imprensa ao presidente.

Com isso, Lira não precisará atravessar o chamado Salão Verde para entrar no plenário, evitando assim ser interpelado pela imprensa. Jornalistas, servidores credenciados e visitantes costumam circular pelo salão.

“A alteração de espaços dentro da Câmara dos Deputados em nada vai interferir na circulação da imprensa, que continuará tendo acesso livre a todas as dependências, como o cafezinho, o plenário, os corredores, os salões e a própria presidência. O objetivo da alteração é aproximar o presidente dos deputados, como eu falei em toda a minha campanha”, disse Lira, em nota.

Prédio tombado

Alguns presidentes da Câmara tentaram acabar com o comitê de imprensa, mas desistiram. Os ex-presidentes da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), tentaram mudar, mas houve resistência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois o prédio é tombado.

O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ) também tentou, mas teve o mandato cassado em 2016. Na gestão de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o assunto foi debatido, mas não foi levado adiante.

O projeto de mudança vinha sendo tocado pela ex-primeira secretária, Soraya Santos (PL-RJ), aliada de Lira. “Com certeza, onde está hoje o Comitê de Imprensa, se fosse eu a presidente, seria a sala do presidente”, disse ela, no último dia 25 de janeiro.

“Não por cerceamento, mas não pode um presidente, quando ele precisar fazer uma reunião com os seus líderes, quando ele precisar se dirigir ao Congresso, ele ter de atravessar o Salão Verde. Temos de otimizar o tempo”.

A reportagem tentou contato com a Casa para saber o custo da mudança, mas ainda não obteve resposta.

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