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Líder do PT promete série de derrotas ao governo na Câmara

Paulo Pimenta não acredita em arrefecimento da briga entre governo e congressistas nesta semana e diz que presidente é fraco politicamente

atualizado

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Liderança do PT/Câmara dos Deputados
Paulo Pimenta Secom Metrópoles
1 de 1 Paulo Pimenta Secom Metrópoles - Foto: Liderança do PT/Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), disse nesta segunda-feira (25/3) que a oposição se prepara para derrotar no Parlamento várias medidas propostas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), entre elas o decreto que dispensa visto para cidadãos norte-americanos e de outras nacionalidades para a entrada no país.

Para Pimenta, a oposição contará com apoio de partidos do chamado Centrão, já que a falada trégua entre congressistas e governo está longe de ser conseguida, na avaliação do líder petista.

“Espero que nesta semana a gente possa derrotar aqui dentro várias propostas de iniciativa do governo. Vamos trabalhar para derrotar essa decisão do visto sem reciprocidade. Vamos derrotar esta MP-870, que prevê a reestruturação dos ministérios”, listou. “O governo, hoje, não tem base para aprovar nenhum projeto de relevância dentro da Casa”, afirmou o líder.

Urgência
Nesta terça (26), o líder do PSol na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), vai protocolar um pedido de urgência para que o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 61/2-19, que anula os efeitos da dispensa do visto, seja votado em plenário sem a necessidade de passar pelas comissões.

Na semana passada, o pedido recebeu assinaturas de vários líderes, incluindo os de partidos do Centrão. Mesmo com as assinaturas, a apreciação da proposta depende do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Segundo Pimenta, não houve mudança alguma na articulação do governo com o Legislativo que provocasse uma nova postura da Câmara. Por isso, ele considera que a oposição conseguirá impor algumas derrotas à gestão Bolsonaro (PSL).

“Bolsonaro é uma figura muito fraca politicamente. Quem o conhece sabe que ele tem dificuldade de conjugar duas frases, uma com nexo com a outra. Ele acuado, terceiriza para os filhos fazerem sua defesa. Aí joga o país nesse caldeirão”, atacou o petista. “Prometeu para o Paulo Guedes, prometeu para o mercado que, se eleito, teria condição de mobilizar a base, mas essa base começou a perder poder antes da posse. Com isso, ele não tem mais autoridade”, completou.

Paulo Pimenta destacou, ainda, que “política significa diálogo, composição, e isso é tudo que esse governo não tem. Ele mesmo retroalimenta a crise”.

Ironia
O petista foi irônico ao dizer que os correligionários de Bolsonaro estão dificultando o trabalho da oposição, por não deixarem que os líderes de partidos adversários tenham um protagonismo nas críticas ao governo.

“Eles estão, inclusive, me gerando uma dificuldade. Eu, como líder da maior bancada, têm dias que não preciso nem falar porque eles dizem tanta asneira e tanta bobagem sobre o governo do qual fazem parte que a minha condição é ficar assistindo, de camarote”, ironizou. “O governo está se desintegrando sozinho. Não creio que tenha solução a curto prazo. Do meu ponto de vista, a tendência é que a crise se agrave. Ele vai ter uma grande derrota aqui dentro da Casa”, encerrou.

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