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Líder do PSL na Câmara: “Lugar de olavista é ‘fora do barco'”

Delegado Waldir se pronunciou sobre os erros e acertos do presidente Jair Bolsonaro durante os primeiros 100 dias de governo

atualizado

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Delegado Waldir
1 de 1 Delegado Waldir - Foto: Reprodução

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse nesta quinta-feira (11/4) que o lugar de alunos, ex-alunos e admiradores do escritor Olavo de Carvalho é fora do governo. O parlamentar afirmou que há muitos acertos nos 100 primeiros dias do governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas pontuou falhas na articulação política na disputa interna entre tribos na Esplanada dos Ministérios. As informações são do O Globo.

Sobre a demissão do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez e a atual situação do Ministério da Educação (MEC), Waldir disse que seria preciso separar as correntes que compõem o governo.

“Enquanto nós tivermos várias tribos num determinado ministério, você não tem o comando. Se perde o comando, são várias tribos se atritando. Acho que tem que ter um comando único. Separar militares, técnicos, olavistas e políticos. Separar e colocar cada um no seu quadrado”, avaliou o parlamentar.

Após a fala, Waldir foi questionado qual seria o “quadrado” dos olavistas: “Para mim, em razão da postura ideológica muito forte, pular fora do barco para que o presidente possa governar com tranquilidade”.

Ele lembrou ainda que Olavo de Carvalho possui influência em dois ministérios: da Educação e das Relações Exteriores. “É injusto um grupo ter dois ministérios e atacar o governo, atacar militares, atacar outros grupos existentes dentro do governo. [Seria bom estarem fora] até para pacificar”, completou o Delegado.

Pacote anticrime
Segundo ele, o envio do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, e outras iniciativas da pauta econômica, como a elaboração da proposta da reforma da Previdência e de independência do Banco Central foram assuntos acertados pelo presidente Bolsonaro.

“Errou na articulação política, porque não montou uma bancada de apoio. Existe uma sinalização do presidente de que ele vai assumir a articulação. Mas tem que fazer em conjunto com o presidente da Casa, Rodrigo Maia, que tem 320 votos. Os votos que ele teve na eleição para a presidência da Câmara podemos ter numa eventual votação para a reforma da Previdência”, finalizou.

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