metropoles.com

Lava Jato: PGR finaliza inquéritos sobre quadrilhas de partidos

Objetivo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é apresentar, pelo menos, quatro denúncias, contra PP, PT e PMDB

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
PGR – Procuradoria Geral da Republica
1 de 1 PGR – Procuradoria Geral da Republica - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, planeja encerrar as investigações sobre as supostas organizações criminosas formadas por partidos políticos antes do término do seu mandato, em setembro.

O objetivo é oferecer ao menos quatro denúncias, com base na primeira “lista do Janot” de 2015, contra o PP, PT e PMDB — neste último, serão duas acusações, uma contra o grupo da Câmara e outra contra os senadores.

A expectativa, segundo fontes com acesso às investigações, é de que com essas denúncias Janot consiga deixar a Procuradoria-Geral da República (PGR) com os políticos já na fila para se tornarem réus no Supremo Tribunal Federal (STF).

Delações
Com base nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Janot abriu inquérito em 2015 para apurar crime de formação de quadrilha de parlamentares dos três partidos. Com o andamento da investigação, ele decidiu desmembrar as investigações.

Dentre as quatro acusações formais que estão sendo produzidas, a que está em um estágio mais avançado é a contra os integrantes do PP.

Lula
No inquérito sobre o PT, estão entre os investigados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os ex-ministros Jaques Wagner, Antonio Palocci e Ricardo Berzoini.

Já o inquérito sobre o PMDB da Câmara deverá envolver o presidente Michel Temer (PMDB), uma vez que a PGR solicitou que seu nome seja incluído no rol de investigados. Em relação ao PMDB do Senado, as revelações da Odebrecht reforçaram a investigação.

Para os procuradores, a narrativa deu peso à tese de que há um comando político para usar do seu poder com o objetivo de obter recursos indevidamente. São investigados os senadores Romero Jucá (RR), Edison Lobão (MA) e Renan Calheiros (AL).

Procurada pela reportagem, a direção do PT informou que não iria se manifestar. Já os outros partidos não responderam aos contatos.

Partilha
Uma questão a ser enfrentada pelo Ministério Público será estabelecer qual dos partidos exercia liderança no esquema criminoso na Petrobras e em seus desdobramentos. Um investigador ouvido pelo Estado disse que será difícil fazer juízo de valor, já que os supostos grupos criminosos não se organizavam de forma hierárquica.

Para esse investigador, o exercício do poder era episódico a depender da área de influência e dos interesses de cada grupo. A organização seria mais parecida com um sistema de partilha do que com uma hierarquia verticalizada, com um partido sempre comandando os outros.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?