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Lava Jato: Paulo Preto tentou proteger patrimônio segundo investigação

Preso na 60ª fase da Operação, o apontado como operador do PSDB abriu uma empresa para evitar que os bens fossem confiscados pela Justiça

atualizado

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ROBSON FERNANDES/AE
Paulo Preto
1 de 1 Paulo Preto - Foto: ROBSON FERNANDES/AE

Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, apontado como operador do PSDB e preso na 60ª fase da Lava Jato na última terça-feira (19/2), abriu uma empresa para proteger o patrimônio. A ideia, segundo os investigadores do caso, era evitar que imóveis e uma lancha fossem confiscados pela Justiça, segundo noticiou o jornal Folha de S.Paulo.

Na 60ª fase da Operação Lava Jato, em que Paulo Preto foi um dos alvos, a juíza Gabriela Hardt, substituta interina de Sergio Moro, determinou o bloqueio de R$ 100 milhões do investigado. No entanto, o Banco Central teria encontrado apenas R$ 396,75.

Paulo Preto criou a empresa no mesmo ano em que teve início a Lava Jato, em 2009, de acordo com o veículo. Após dois meses de atividade, a empresa teve o capital redistribuído, com a chegada das duas filhas do investigado, Priscila e Tatiana Arana Souza.

Hoje, as duas têm participação de R$ 1,9 milhão no empreendimento. Já Paulo Preto tem uma quantia simbólica de R$ 100 e aparece como administrador do negócio, atividade pela qual recebe remuneração de R$ 2 mil.

De acordo com a Folha, ao menos quatro imóveis de Paulo Preto e da ex-mulher, Ruth Arana de Souza, foram adquiridos pela empresa nos últimos anos.

Operação
Paulo foi preso em 19 de fevereiro após investigação sobre esquema de pagamento de R$ 130 milhões em propinas pela Odebrechet a políticos. As atividades aconteceram entre 2010 e 2011 e tinham como um dos objetivo irrigar campanhas eleitorais.

Durante buscas e apreensões, policiais federais encontraram em um dos endereços ligados a Paulo Preto um bunker de dinheiro oriundo de propinas no valor de mais de R$ 100 milhões. “O bunker de Paulo Preto tinha o dobro do de Geddel (Vieira Lima)”, disse à época da prisão o procurador da República Roberson Pozzobon. Ele informou que, devido à umidade do quarto em que as notas estavam, elas eram colocadas ao sol para evitar mofos.

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