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Jucá e Raupp são denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro

Ex-senadores do MDB são acusados pela Operação Lava Jato de receber propina em esquema que buscaria facilitar contratos com a Transpetro

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Senador Romero Jucá durante entrevista – Brasília(DF), 27/06/2017
1 de 1 Senador Romero Jucá durante entrevista – Brasília(DF), 27/06/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) salientou a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, contra os ex-senadores Romero Jucá (foto em destaque) e Valdir Raupp, além de Sérgio Machado, Luiz Maramaldo, Nelson Maramaldo e Fernando Reis pelo envolvimento em esquema de corrupção mantido na Transpetro.

A denúncia descreve a prática de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos celebrados pelas empresas NM Engenharia e Odebrecht Ambiental com a Transpetro, que geraram pagamentos ilícitos aos então senadores do PMDB, atual MDB, entre os anos de 2008 e 2010 e em 2012.

As investigações começaram em inquérito que tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de os investigados terem foro privilegiado por prerrogativa de função. A denúncia foi originariamente oferecida pela PGR, em agosto de 2017, também em face dos senadores Renan Calheiros, José Sarney e Garibaldi Alves Filho, integrantes do PMDB.

Ainda no inquérito policial, o STF declarou extinta a punibilidade de José Sarney e Garibaldi Alves Filho visto a prescrição dos fatos.

Após a perda do foro por Romero Jucá e Valdir Raupp, o STF manteve sob competência apenas as apurações relativas a Renan Calheiros e, em fevereiro de 2019, determinou o envio da investigação sobre os demais para a Justiça Federal do Rio de Janeiro.

Em maio de 2019, contudo, o Ministro Edson Fachin reforçou a competência da Justiça Federal do Paraná para os casos envolvendo a Transpetro e redirecionou o inquérito policial para a 13ª Vara Federal de Curitiba, mas os autos (as mídias do caso) foram recebidos apenas em 17 de dezembro do ano passado.

O MPF requer reparação de danos em favor da Transpetro e bloqueio de bens no valor de R$ 2,8 milhões — metade para cada finalidade.

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