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Isolado, Fernando Collor desiste de concorrer ao governo de Alagoas

Essa é a segunda desistência de candidatura de Collor neste ano. Em junho, o PTC decidiu não lançá-lo à Presidência da República

atualizado

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André Dusek/Estadão Conteúdo
JULGAMENTO FINAL DO IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF
1 de 1 JULGAMENTO FINAL DO IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF - Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo

O senador Fernando Collor (PTC) anunciou, na noite desta sexta-feira (14/9), a retirada de sua candidatura ao governo de Alagoas. A decisão foi comunicada em um vídeo publicado em redes sociais. Segundo Collor, a desistência ocorreu por falta de reciprocidade de membros de sua chapa, formada por PTC, PSDB, PP, PSB, PSC, Pros, PRB e DEM.

“Todos sabem do meu destemor, cumpro minha palavra, mas peço reciprocidade. Na ausência dela, perde sentido a missão a mim atribuída. Sem unidade, perde a candidatura o seu significado de existência. Deixo, portanto, a condição de candidato ao governo, ficando aqui o meu muito obrigado aos colaboradores e correligionários”, declarou.

Confira a postagem do senador:

 

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Collor desiste da candidatura ao governo de Alagoas

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A desistência de Collor abre caminho para a reeleição de Renan Filho (MDB), o primogênito do senador Renan Calheiros (também do MDB). O emedebista postulante a governador de Alagoas, no último levantamento Ibope, divulgado em agosto, somava 46% das intenções de voto para o primeiro turno, com potencial de vitória na primeira etapa da disputa eleitoral.

Collor tinha 22%. O PTC ainda não informou sobre uma possível substituição ao ex-presidente na corrida ao Governo do Estado de Alagoas.

Dupla desistência
Essa é a segunda desistência de candidatura de Collor neste ano. Em junho, a direção executiva nacional do PTC decidiu não lançá-lo à Presidência da República por “sobrevivência”. O partido quer ultrapassar a cláusula de desempenho nas eleições de outubro. Pela regra eleitoral, legendas devem alcançar 1,5% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados em nove estados para terem acesso, por exemplo, ao fundo partidário e tempo de rádio e televisão.

Em 1989, Collor foi eleito presidente na primeira eleição pós-redemocratização do país. Na ocasião, derrotou nomes como Leonel Brizola (PDT) e Ulysses Guimarães (PMDB), no primeiro turno, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo.

Collor foi o primeiro presidente a ser afastado temporariamente em processo de impeachment no país. Renunciou ao cargo horas antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade.

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