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Há mais de um ano sem partido, Bolsonaro sinaliza preferência pelo Patriota

Presidente não cravou escolha, mas disse que está “namorando” partido e que irá debater assunto com dissidentes do PSL

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro participa do Lançamento da plataforma Participa + Brasil, no Palácio do Planalto
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro participa do Lançamento da plataforma Participa + Brasil, no Palácio do Planalto - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (8/2) que está “namorando” o partido Patriota para se filiar, mas não cravou a escolha.

Durante entrevista à TV Band, o chefe do Executivo federal disse que vai bater o martelo em março, mas só depois de conversar com deputados dissidentes do PSL, partido pelo qual chegou à Presidência da República.

“Eu pretendo definir meu partido em março. Eu tô namorando vários partidos, entre eles o Patriota. Mas eu não posso ir para um partido que eu não tenha autoridade. Eu prefiro, mas vou conversar pelo menos com 30 deputados do PSL que estão comigo para a gente decidir para qual partido. Não vou decidir sozinho”, declarou o presidente.

“Ano que vem não tem coligação para deputado federal. Agora, o partido que eu tô namorando, o tal do Patriota, não estou noivo, tem 5 segundos de televisão. Não quero dinheiro de fundo eleitoral”, completou.

Quando deixou o PSL, em novembro de 2019, o presidente Bolsonaro anunciou intenção de criar uma nova sigla. O Aliança pelo Brasil, que já foi inclusive anunciado em evento público, ainda não conseguiu reunir o número mínimo de assinaturas e segue em suspenso.

Assinaturas

Segundo consulta ao portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até o momento, foram reunidas 56.834 das 491.967 assinaturas necessárias para dar origem a um partido – o que representa menos de 12% do número exigido. Segundo determina a lei, o presidente precisa se filiar a uma legenda até seis meses antes do início do primeiro turno, que acontece no primeiro domingo de outubro.

Em novembro do ano passado, Bolsonaro sinalizou que, caso não conseguisse viabilizar o Aliança, teria uma “nova opção” até março de 2021. “Não é fácil formar um partido hoje em dia. A gente está tentando, mas se não conseguir, a gente, em março, vai ter uma nova opção”, disse ele a apoiadores no Palácio da Alvorada.

Das 24 siglas com representação no Congresso, ao menos quatro já convidaram Bolsonaro a integrar seus quadros: PTB, PL, PP e Patriota. As quatro integram o chamado Centrão, bloco de partidos de centro e centro-direita que em 2020 passou a dar sustentação ao governo Bolsonaro na Câmara.

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