metropoles.com

Guedes diz que mudança na contribuição rural evitará fraudes no INSS

No caso do BPC, ministro afirma que modificação vai “incentivar contribuição”. Pontos são criticados por deputados

atualizado

Compartilhar notícia

Igo Estrela/Metrópoles
Ministro da Economia, Paulo Guedes
1 de 1 Ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em sua participação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, na tarde desta quarta-feira (27/3), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a mudança na aposentadoria rural não tem grande impacto econômico, mas vai ajudar a combater fraudes.

“A população rural registrada é de 6,5 milhões. As aposentadorias rurais são 9 milhões. Então, tem uma fraude. Essa contribuição do [trabalhador] rural é mínima, são R$ 50, um número pequenininho. É muito mais para ser um combate antifraude”, afirmou Paulo Guedes.

Na chamada nova Previdência, a idade mínima de aposentadoria rural passa a ser de 60 anos para homens e mulheres, com tempo mínimo de 20 anos de contribuição. Por ano, cada grupo familiar pagará R$ 600 ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Alteração no BPC
Sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o ministro disse que a modificação no pagamento vai “incentivar a contribuição” dos beneficiários.

A reforma prevê o pagamento de R$ 400 para idosos em situação de miserabilidade que tenham entre 60 e 69 anos. Caso a pessoa consiga se aposentar aos 65 anos, ela deixa de receber o benefício. Se continuar dependente, o valor será elevado a um salário mínimo apenas aos 70 anos. Para pessoas com deficiência, o valor ainda será de um salário mínimo.

“Se você pagar igual aos 65 [anos] ao que contribuiu e ao que não contribuiu, existe um estímulo enorme para ninguém contribuir. Então, faz o seguinte: paga um pouco antes, já que não tem capacidade de arrumar emprego, mas deixa para receber um pouco mais tarde”, argumentou o ministro.

A participação do ministro na CAE do Senado ocorre um dia após Guedes desmarcar sua visita à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para debater a Previdência, em uma decisão que causou mal-estar no governo e não ajudou a conter a tensão entre o Executivo e o Legislativo federais em torno da tramitação da proposta no Congresso.

Críticas na Câmara
As mudanças na aposentadoria rural e o BPC são criticadas desde quando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência foi entregue à Câmara. Na terça-feira (26), líderes de 11 partidos sinalizaram que apoiam a reforma, contanto que haja modificação nesses dois aspectos.

Uma nota assinada pelos líderes partidários diz que “qualquer reforma previdenciária deve ter como princípios maiores a proteção aos mais pobres e mais vulneráveis”. MDB, PR, PP, PRB, PSDB, DEM, PSD, PTB, SD, Cidadania e Podemos são as siglas que participaram da decisão.

Os pontos da PEC criticados pelas bancadas devem ser excluídos pela Câmara dos Deputados. Isso porque 278 deputados e os votos da oposição são contrários.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?