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Grupo pró-Guaidó deixa embaixada após 13 horas de invasão

Os apoiadores do presidente autodeclarado da Venezuela foram escolados pela polícia, que precisou usar spray de pimenta para controlar caos

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Hugo Barreto/Metrópoles
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1 de 1 d8c1e164-78ac-4a75-939b-a083053922e3 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após 13 horas, os apoiadores do presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, deixaram a embaixada venezuelana, pelos fundos, escoltados pela Polícia Militar. A saída ocorreu no fim da tarde desta quarta-feira (13/11/2019), por volta das 17h30.

Além da confusão na entrada, o grupo protagonizou um caos ao deixar a embaixada. Os policiais precisaram usar spray de pimenta para controlar a situação.

Nesta manhã, a Polícia Militar foi acionada e, quando chegou à embaixada, cerca de 30 pessoas estavam do lado de fora em apoio ao corpo diplomático. Houve trocas de agressão entre os manifestantes. Eles derrubaram o portão e parte conseguiu entrar.

Comemoração
Com o anúncio da saída dos ocupantes, manifestantes que protestavam contra a ocupação comemoram com foguetes e gritos em apoio ao presidente da Venezuela, Nicolas Maduro. Os carros que foram conduzidos pelos ocupantes serão levados por policiais militares.

De acordo com a deputada Samia Bonfim (Psol-SP), que estava na embaixada desde a manhã acompanhando as negociações, o acordo feito com os ocupantes garantia a segurança deles no momento de saída do local e a não punição. Um integrante do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Correia, fez o intermédio entre o Executivo e o embaixador venezuelano, Freddy Meregotti.

A deputada alega ainda que houve um momento em que Mauricio Correia falou à Polícia Militar que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) reconhecia Juan Guaidó como presidente venezuelano e que a ocupação estava sendo feita de “forma pacífica”.

Além dela, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) e o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), precisaram intervir, explica Samia. De acordo com a parlamentar, eles citaram a convenção de Viena e o posicionamento contrário à ocupação na embaixada, feito por Bolsonaro no Twitter e da nota emitida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

“Mas ainda demorou umas quatro horas para que tomasse a decisão de retirar os invasores. Acredito que tenha ocorrido por causa da repercussão negativa na mídia e, sobretudo, por causa do encontro da cúpula dos Brics”, justifica Samia. Ela afirma que não houve contato algum do chanceler Ernesto Araujo com Freddy Meregotti.

Entenda
A confusão começou após um grupo de pessoas ligadas à embaixadora Maria Teresa Belandria ocupar o local e tentar tirar funcionários lá de dentro. Pela manhã, chegou o grupo do embaixador que está ativo e colocou os invasores para fora.

O país tem dois representantes após Belandria ter sido indicada por Guaidó. O líder oposicionista ao governo de Nicolás Maduro tem o reconhecimento do governo brasileiro e entregou a carta credencial de Belandria para tornar-se embaixadora no Brasil.

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