Governo amplia presença de Forças Armadas na Amazônia até 30 de abril
Operação Verde Brasil II mira ações contra queimadas e desmatamento, mas também atua contra tráfico de drogas e minério
atualizado
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O decreto que amplia a permanência das Forças Armadas na operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (5/11). Os militares ficariam no bioma para ações de combate a queimadas e desmatamento até novembro deste ano, mas o prazo foi estendido para 30 de abril de 2021.
O decreto leva as assinaturas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido); do ministro da Justiça, André Mendonça; do ministro da Defesa, Fernando Azevedo; do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; e do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que chefia o Conselho Nacional da Amazônia Legal, já havia adiantado que o governo prorrogaria a presença de militares na região.
“A atual GLO termina no dia 6 [de novembro]. A decisão já está tomada, e tem que assinar entre esta semana e a semana que vem. Vou conversar com o general [Augusto] Heleno [do Gabinete de Segurança Institucional] para fazer essa prorrogação. Nós estamos com recurso e o recurso é suficiente para chegar até abril. Tinham sido alocados R$ 400 milhões, acho que ainda tem R$ 180 milhões, se não me engano”, disse.
Além de ações de combate ao desmatamento, a operação, denominada Verde Brasil II, já apreendeu 146 mil toneladas de manganês e destruiu 3 mil pés de maconha no Pará.
O minério estava em contêineres que seriam destinados à China. O manganês é considerado material essencial na fabricação de ligas metálicas, combinado especialmente com o ferro na produção de aço.