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Fora Covaxin, CGU vai avaliar outros contratos da Precisa com governo

A Presica mantém, por exemplo, contrato para o fornecimento de preservativos com o Ministério da Saúde

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Prédio da Controladoria Geral da União irregularidades
1 de 1 Prédio da Controladoria Geral da União irregularidades - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após refutar irregularidades na compra da vacina Covaxin contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, adiantou que outros contratos da Precisa Medicamentos com o governo federal serão avaliados.

A empresa, intermediária na contratação da Covaxin, suposta representante da indiana Bharat Biotech, é alvo das apurações. A Precisa mantém, por exemplo, contrato para o fornecimento de preservativos com o Ministério da Saúde desde 2019.

“Se está para ser assinado [outros acordos], eu não sei. Nós vamos dar uma olhada com mais calma nos contratos da empresa”, resumiu o ministro.

Nesta quinta-feira (29/7), Rosário apresentou o resultado da apuração sobre a Covaxin. Ele descartou irregularidades na negociação do preço e declarou que “não saiu R$ 1 dos cofres do governo”.

O contrato é alvo de suspeita de corrupção no governo. Há também investigação sobre suposto superfaturamento no valor das doses ofertadas ao Brasil. As possíveis irregularidades estão sendo apuradas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.

Inicialmente, o governo pretendia comprar 20 milhões de doses da Covaxin. A vacina indiana estava no cronograma do Ministério da Saúde desde 17 de fevereiro. Ao todo, seria gasto R$ 1,6 bilhão com as doses.

Entenda o caso

Documentos obtidos pela CPI da Covid indicam possível superfaturamento na aquisição do imunizante. O valor contratado pelo governo federal, de US$ 15 por vacina (R$ 80,70), ficou acima do preço inicialmente previsto pelo laboratório Bharat Biotech, de US$ 1,34 por dose.

O servidor Luis Ricardo Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, disse ao Ministério Público Federal (MPF) ter sofrido “pressão incomum” de outra autoridade da pasta para assinar o contrato com a empresa Precisa Medicamentos, que intermediou o negócio com a Bharat Biotech.

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), irmão de Luis Ricardo, afirma que denunciou as irregularidades no processo de negociação da Covaxin ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O caso gerou uma investigação de suposta prevaricação contra o chefe do Palácio do Planalto.

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