Após duas tentativas frustradas de notificar a deputada Flordelis (PSD-RJ), o corregedor da Câmara, Paulo Bengtson (PTB-AP), entregou nesta quarta-feira (9/9) a notificação do processo de investigação contra ela por quebra de decoro.
O parlamentar foi ao apartamento funcional de Flordelis, em Brasília, após a defesa da deputada informou que ela iria à Corregedoria da Casa nesta quarta e não comparecer.
Caso ele não conseguisse encontrá-la, a notificação seria publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (10/9) e o processo por quebra de decoro começaria a correr.

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A parlamentar foi acusada pelo Ministério Público como a mandante do assassinato do pastor Anderson do Carmoreprodução

Ela também é pastoraredes sociais/ reprodução

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Foto de Flordelis e o marido, que foi assassinadoredes sociais/ reprodução

Flordelis em áudio para sua igreja: "Vamos vencer esta batalha na oração", em referência ao caso do assassinatoredes sociais/ reprodução

"Me beijou bastante, eu sentei no capô do carro e tivemos relações. Falei 'Amor, amanhã a gente vai acordar cedo, né?'. Isso foi por volta de 2h e alguma coisa", completou a deputadaReprodução

A parlamentar negou por várias vezes ter envolvimento na morte do marido e se disse vítima de uma injustiça. "Eu preciso saber quem matou meu marido. Eu não sei. Se eu soubesse, eu falaria aqui agora. Quem matou meu marido está desgraçando com minha vida. Eu não estou escondendo nada", afirmou.Claudio Andrade/Câmara dos Deputados

"Estou vivendo o pior momento da minha vida. Não estou preparada para ser presa, e não vou ser. Porque eu sou inocente, e a minha inocência será provada. Eu não matei, eu não fiz isso que estão me acusando. Eu não fiz. Não é real, não é verdade. É uma injustiça", garantiu.redes sociais/ reprodução

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Flordelis em entrevista no Fantástico em 2019Reprodução/TV Globo

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Deputada Flordelis, que recentemente teve o marido assassinado, retorna à CâmaraIgo Estrela/Metrópoles
A representação contra Flordelis foi apresentada pelo deputado Léo Motta (PSL-MG). A parlamentar é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói.
Agora, Flordelis tem cinco dias úteis para apresentar a defesa por escrito. A partir daí, a Corregedoria terá até 45 dias para analisar o processo e recomendar ou não a abertura de processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
O corregedor da Casa disse nessa terça-feira (8/9) ao Metrópoles que o direito de defesa da deputada será respeitado, mas que o processo será “célere para dar resposta à sociedade”.