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Flávio Bolsonaro diz que partidos do Centrão “são fundamentais para o país”

Senador disse que o presidente Jair Bolsonaro avisou ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre as denúncias na compra de vacinas

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Senador Flávio Bolsonaro
1 de 1 Senador Flávio Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirmou em entrevista ao jornal O Globo que não houve prevaricação por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após as denúncias apresentadas pelo servidor Luis Ricardo Miranda e seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sobre irregularidades na negociação da vacina Covaxin.

Segundo Flávio, o pai alertou o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que teria dito que não havia nada irregular no processo de compra.

“Óbvio que não teve prevaricação. O presidente informou ao ministro da Saúde o que tinha sido relatado. O ministro, na sua hierarquia de comando, cobrou também algum retorno, se havia algo de irregular. O retorno foi que não havia nada irregular, processualmente falando. Nada tinha de materialidade ali”, disse Flávio.

Questionado se o caso fez com que o governo reavaliasse a relação com o Centrão, o senador rechaçou a ideia e afirmou que os partidos “são fundamentais para o país”.

“Os partidos que são adjetivados de Centrão são fundamentais sempre para o país. Representam parcela significativa da população. Quando há pleitos legítimos e republicanos, devem, sim, ser atendidos pelo governo. O governo não tem pessoas com perfis ideais em todos os locais do Brasil. A máquina é muito grande, apesar de todo o esforço do presidente de enxugar a máquina pública. Essa é uma tentativa de colocar contra o governo aliados que são importantes para o país.”

Ainda de acordo com o senador, a suspensão do contrato com a Covaxin e a exoneração do diretor Roberto Ferreira Dias, acusado de negociar propina em outro negócio de compra de vacina, foram uma forma de prevenção.

O senador fluminense também declarou que não há provas das acusações contra o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. De acordo com o deputado Luís Miranda, Barros teria sido indicado pelo próprio presidente Bolsonaro em envolvimento das supostas irregularidades na compra da Covaxin. Barros nega qualquer participação.

Depoimento de Dominguetti à CPI da Covid

Flávio classificou como “um devaneio” o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti  Pereira à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, na quinta-feira (1º/7).

“Todo mundo esperando que tenha alguma prova de que havia algum pedido de propina e, no final, não trouxe prova nenhuma. Já foi, inclusive, contraditado. Ninguém negou que houve a reunião. As pessoas jantam por diversos motivos. Ele vai ter dificuldade de provar, já que não há provas de nada.”

Dominguetti é policial militar e representante comercial da Davati Medical Supply. Ele firmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. A oferta total era de 400 milhões de doses do imunizante produzido pela farmacêutica norte-americana AstraZeneca.

À CPI, ele confirmou as acusações e disse ter se reunido ao menos três vezes com representantes do governo federal, mas apresentou um áudio do deputado Luis Miranda no qual mostraria tentativa do parlamentar de negociar vacinas. O áudio foi imediatamente desmentido por Miranda e criou enorme confusão na CPI. Nas redes sociais, Dominguetti ataca a esquerda e compartilha falas de Bolsonaro.

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