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Ex-diretor Ricardo Saud se recusa a depor na CPMI da JBS

Expectativa do colegiado era que ele contasse detalhes escusos dos antigos chefes, os irmãos Joesley e Wesley Batista

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Ricardo Saud
1 de 1 Ricardo Saud - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O ex-diretor de Relações Institucionais da J&F, Ricardo Saud, deveria depor nesta terça-feira (31/10) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, mas ele disse que só falará “quando for restabelecido o acordo de delação premiada”.

“Eu quero ajudar o país, mas a única vez que eu resolvi falar, fui preso. Agora, então, eu vou ficar calado”, afirmou Saud, depois de questionamento do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF).

A expectativa do colegiado era de que Saud aproveitasse a oportunidade para entregar seus ex-chefes, os irmãos Joesley e Wesley Batista. Porém, a cada pergunta dos parlamentares, o ex-executivo responde: “Permanecerei em silêncio”.

Veja como foi a cobertura ao vivo:

 

Saud está preso em Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda, desde o início de setembro. O pedido de detenção dele e de Joesley Batista, mantido em São Paulo, foi apresentado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. O ex-executivo pôde comparecer à CPMI da JBS porque o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, autorizou.

Como está preso, o diretor de Relações Institucionais da J&F foi conduzido até o Senado pela Polícia Federal. Da porta da Casa para dentro, coube à Polícia Legislativa escoltá-lo até o plenário 2 da Ala Senador Nilo Coelho. A sessão foi restrita, por questões de segurança. Apenas parlamentares tiveram acesso à sala – aqueles que são membros da CPMI puderam levar um assessor. Fora isso, só o depoente e seus advogados, além de jornalistas credenciados no Senado, foram autorizados a acompanhar a oitiva.

Gravações telefônicas
O depoimento de Ricardo Saud chegou a ser adiado para que os parlamentares tivessem acesso ao sigilo telefônico dele antes da reunião. A oitiva estava marcada inicialmente para a última quarta-feira (25), mesmo dia da análise da segunda denúncia contra Michel Temer pelo plenário da Câmara. Acabou adiada para esta terça (31). Com as gravações telefônicas de Saud em mãos, os senadores e deputados esperavam ter informações suficientes para fazer o ex-executivo entregar os antigos chefes.

A comissão
A CPMI da JBS saiu do papel no início de setembro, depois que Rodrigo Janot passou a investigar a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Formalmente, a comissão tem o objetivo de investigar os contratos da JBS com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o acordo de delação premiada firmado entre os Batista e o Ministério Publico Federal.

No entanto, deputados governistas estariam tentando usar a CPMI para desvalorizar as acusações apresentadas por Wesley e Joesley contra políticos da base aliada, entre eles, o próprio presidente Michel Temer.

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