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Estacionado nas pesquisas, Alckmin se diz otimista: “Vamos chegar lá”

Candidato tucano acredita que vai tirar a vantagem de seus adversários e alcançar o segundo turno

atualizado

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Daniel Teixeira/agência estado
GERALDO ALCKMIN PRESIDENCIA PSDB
1 de 1 GERALDO ALCKMIN PRESIDENCIA PSDB - Foto: Daniel Teixeira/agência estado

O tucano Geraldo Alckmin foi o candidato à Presidência da República a sentar à bancada do Jornal de Globo, na noite dessa terça-feira (18/9), como o segundo convidado da série de entrevistas com os presidenciáveis da semana. Com a campanha patinando na casa dos 7% das intenções de votos, segundo a recente pesquisa Ibope, Alckmin luta para ter uma sobrevida e tentou passar otimismo: “Eu vou para o segundo turno”, assegurou.

Não obstante o cenário desfavorável, Alckmin relembrou a eleição presidencial de 2006, quando perdeu para Lula, mas conseguiu tirar bastante vantagem do petista na reta final do segundo turno. “Há 12 dias do primeiro turno, a diferença minha para o Lula era de 24 pontos”, lembrou o tucano.

“Quando as urnas foram abertas, a diferença era de 7 pontos. E não eram 20 dias, como é hoje. Eram apenas 12 dias”, disse. Contudo, o tucano não mencionou ter saído do segundo turno com menos votos do que no primeiro: saiu de 39,9 milhões de votos para 37,5 milhões, numa perda de 2,4 milhões de votos

O presidenciável diz que aposta no seu menor índice de rejeição, em comparação aos adversários. Ainda segundo a pesquisa Ibope dessa terça (18), ele aparece com 20% de rejeição, enquanto Jair Bolsonaro, candidato pelo PSL, tem 42% e Fernando Haddad, candidato petista, apresenta 29%.

“Uma parte do eleitorado do Bolsonaro está com medo do PT. É o contrário. Bolsonaro é um passaporte para a volta do PT”, observou o tucano, raciocinando que Haddad bateria seu principal adversário no segundo turno, graças à rejeição do candidato do PSL. “No segundo turno, o que vale é a rejeição. Acredito na última onda, que é a que vale. Nós vamos chegar lá”, garantiu o tucano.

No tocante a propostas, Alckmin ressaltou que vai fazer quatro reformas: a política, a tributária, a previdenciária e a do Estado. Perguntado se teria forças para aprovar tudo isso no Congresso, uma vez que o presidente Michel Temer não conseguiu fazê-lo, Alckmin não poupou o agora ex-aliado.

“Meu governo conseguirá aprovar porque vamos aproveitar o início, com a força de 55 milhões de votos. Falta isso a Temer. É muito difícil fazer mudanças no final de governo”, disse. E a gestão do presidente Temer não tem a legitimidade do voto. Falta confiança e temos que recuperá-la nos seis primeiros meses”.

Condescendência
Perguntado se sua atual posição nas pesquisas não seria um reflexo da condescendência do PSDB com os casos de corrupção dentro do partido, como Aécio Neves e Beto Richa, ambos às voltas com problemas com a Justiça, o tucano preferiu afirmar que a legenda não passa a mão na cabeça de ninguém.

“Há uma tendência de jogar todos na vala comum. De dizer que ninguém presta na política. Isso é um desserviço para os brasileiros. Não sou apenas ficha limpa, sou vida limpa”, observou Alckmin.

“Moro no mesmo apartamento há trinta anos e abri mão de todas as aposentadorias que poderia receber como prefeito e como governador. Todos têm que responder à lei, que vale para todo mundo”.

Quanto à autocrítica que o ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati teceu na semana passada, elencando erros que os tucanos cometeram após as eleições de 2014, entre eles, a participação no governo Temer, Alckmin disse que concorda pelo menos com esse ponto. “Se dependesse de mim, não teríamos entrado no governo Temer. Mas estamos há 16 anos fora do governo federal. Não podem nos responsabilizar pelo que aconteceu. Agora é que vamos voltar ao governo”, encerrou.

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