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Em 2019, Bolsonaro cogitou mudança na PF: “Quem manda sou eu”

O presidente já havia tido uma conversa áspera com Sergio Moro sobre a possibilidade de mudança, no ano passado. O impasse voltou à tona

atualizado

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Há oito meses, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), já havia comentado sobre a intenção de trocar o comando da Polícia Federal. Na ocasião, ele chegou a ter uma reunião com o ministro da Justiça, Sergio Moro, que estava descontente com a possível atitude. À imprensa, o chefe do Executivo falou: “Quem manda sou eu”.

Ao convidar Moro para o cargo no Ministério da Justiça, o presidente garantiu, em 2018, que ele teria “carta branca” para nomear e conduzir ações de combate ao crime organizado e à corrupção. Contudo, a liberdade não foi tanta.

“Quem manda sou eu. Deixar bem claro. Eu dou liberdade para os ministros todos. Mas quem manda sou eu”, disse Bolsonaro em agosto do ano passado.

Conversa áspera

Agora, a conversa áspera voltou à tona. O chefe do Executivo fedeal informou a Moro sobre uma eventual troca no comando da PF e, segundo interlocutores, o ministro não gostou. Ele teria ameaçado um pedido de demissão caso a promessa seja cumprida.

O ex-juiz da Lava Jato aceitou largar a carreira de juiz federal para virar ministro. A expectativa, propalada até mesmo por Bolsonaro, era a de que ele tivesse total autonomia no governo.

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