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“É meu amigo e continua importante”, diz Bolsonaro sobre general Ramos

O militar dará lugar no comando da Casa Civil ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais líderes do Centrão no Congresso

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
Ramos e Bolsonaro
1 de 1 Ramos e Bolsonaro - Foto: Marcos Corrêa/PR

Dois nomes de aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) envolvidos na reforma ministerial, general Luiz Eduardo Ramos e Onyx Lorenzoni, foram elogiados pelo chefe do Palácio do Planalto nesta quinta-feira (22/7).

Em entrevista ao grupo Banda B, parceiro do Metrópoles no Paraná, Bolsonaro destacou que Ramos é uma peça importante na configuração palaciana. Ele assumirá a Secretaria-Geral da Presidência.

“Ramos estava comigo lá no jogo do Flamengo. Na área militar, tomamos decisão sem ouvir muita gente. Se bem que o Ramos tá aqui todo dia, cinco vezes por semana”, destacou.

O militar dará lugar no comando da Casa Civil ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais líderes do Centrão no Congresso.

“Esses ministros [palacianos] sempre trazem informações. Ele [Ramos] é meu amigo e vai continuar sendo uma pessoa muito importante pra nós aqui”, frisou.

Bolsonaro comentou a fala de Ramos sobre a demissão. Na quarta-feira (21/7), após saber da dispensa, o general se mostrou surpreso.

“Eu não sabia, estou em choque. Fui atropelado por um trem, mas passo bem”, afirmou o militar à colunista Eliane Cantanhêde, do jornal O Estado de S.Paulo.

O presidente minimizou a fala. “Ele usou força de expressão. O trem seria se ele saísse do ministério, fosse dispensado. Ele não saiu, continua ministro palaciano”, encerrou.

Recriação de ministério

Onyx também foi alvo de afagos do presidente. No governo desde o início do mandado, em 2019, passou por diversos cargos. Agora, foi chamado de “coringa” por Bolsonaro.

Durante a entrevista, o chefe do Palácio do Planalto confirmou que ele vai assumir o Ministério do Emprego. A pasta será desmembrada do Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.

“Nenhuma mudança drástica. Como Banco Central perdeu o status [de ministério], restabelecemos Ministério do Emprego [se referindo ao Trabalho”, resumiu o presidente.

Assista ao vídeo da entrevista:

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