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Dino sobre STF reconstruído: “Vitória da democracia sobre terrorismo”

Flávio Dino afirmou que a reconstrução do Plenário do STF é vitória sobre terrorismo e crimes contra o Estado democrático de direito

atualizado

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Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles
Chegada de autoridades ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a sessão solene de Abertura do Ano Judiciário de 2023. No detalhe, o ministro Flávio Dino chega acenando cercado por dragões da independência - Metrópoles
1 de 1 Chegada de autoridades ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a sessão solene de Abertura do Ano Judiciário de 2023. No detalhe, o ministro Flávio Dino chega acenando cercado por dragões da independência - Metrópoles - Foto: Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou nesta quarta-feira (1º/2) que a reconstrução do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) é uma “vitória da democracia sobre o terrorismo”. A declaração foi feita após a sessão solene de abertura do ano Judiciário.

A cerimônia no STF ocorreu após os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, que levou à depredação dos órgãos públicos federais na Praça dos Três Poderes, em Brasília. “Essa reconstrução física do plenário do STF mostra a vitória da democracia sobre o terrorismo, sobre os crimes contra o Estado democrático de direito”,  disse o ministro.

De acordo com Dino, na abertura do ano Judiciário, os discursos convergiram para a pacificação e responsabilização dos atos criminosos.

“Nós tivemos discursos convergentes, de que é preciso responsabilizar as pessoas que praticaram esses atos criminosos e de outro lado pacificar o país e que todos reconheçam a força Constituição”, afirmou.

O ministro voltou a falar que o Brasil teve eleições legítimas apuradas por uma instância legítima. “Nós temos um presidente da Republica [Luiz Inácio Lula da Silva] que chefia um governo que está em pleno funcionamento”, completou.

Saldo da intervenção

O ministro da Justiça e Segurança Pública foi questionado sobre o trabalho do ex-interventor federal Ricardo Cappelli na segurança do Distrito Federal e o que teria acontecido de errado no dia 8 de janeiro.

“A intervenção produziu seus efeitos, restabeleceu a ordem publica e foi feita no momento certo […] e por isso não há mais motivo para a prorrogação da intervenção”, afirmou.

Ele comparou os atos do dia 8 de janeiro com a posse em 1º de janeiro.

“Tivemos aproximadamente 300 mil pessoas [na Esplanada dos Ministérios]. Naquele dia havia comando na força principal [de segurança] de manutenção da ordem pública e isso fez com que a posse ocorre em paz”, descreveu Dino. “Já no dia no dia 8 [de janeiro] esse comando falhou, esse comando não planejou e não organizou o efetivo disponível”, criticou.

Na opinião de Dino, esse comando foi organizado e fortalecido em razão do que ocorreu no dia 8. “Sabemos que há pessoas na internet se dedicam à proliferação do ódio, porém, não acreditamos mais em eventos coletivos de natureza terrorista, mas é necessário precaver em relação a indivíduos que insistem no ódio”, disse.

Segundo ele, há muitos detidos e ainda há outros ordens de prisão a serem feitas em relação aos atos terroristas do dia 8 de janeiro. “Há ainda, aproximadamente mil pessoas presas e há outros pedidos de prisão e outros procedimentos a serem feitos”.

Rodrigo Pacheco

O ministro defendeu também Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na corrida pela presidência do Senado, diante de Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Podemos-CE). A disputa está acirrada entre os dois primeiros senadores.

“A eleição de Pacheco é um sinal fundamental para o Brasil, pois ele conduz aquela Casa e o Congresso Nacional com muito equilíbrio ouvindo todas as correntes políticas como deve ser”, disse Dino sobre Rodrigo Pacheco.

Marinho é o candidato do PL, partido de Jair Bolsonaro e apoiado pela ala bolsonarista do Congresso. “Já a eleição de Rogério Marinho é uma chancela a uma visão politica extremista e é isso que tá na base da candidatura dele, lamentavelmente”, declarou.

Por fim, o ministro também falou sobre as investigações em relação aos Yanomamis.

Veja no vídeo:

 

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