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Deputado que indicou cargo no governo é alvo da PF por desvio de R$ 190 mi

Sebastião Oliveira (PL-PE) é investigado na segunda fase da Operação Outline deflagrada nesta sexta-feira (08/05)

atualizado

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O deputado federal Sebastião de Oliveira (PL-PE) está entre os alvos da segunda fase da Operação Outline, desencadeada na manhã desta sexta-feira (08/05), para apurar desvios em contrato de R$ 190 milhões para requalificação da BR-101, no trecho do Contorno Viário da Região Metropolitana de Recife.

O primeiro deputado do Centrão a emplacar um nome no governo Bolsonaro — no comando do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), autarquia com orçamento de R$ 1 bilhão neste ano — tem três endereços vasculhados pela PF: seu imóvel funcional em Brasília e ainda residências em Recife e em Gravatá, em Pernambuco.

O delegado Daniel Silvestre indicou que as irregularidades mais “contundentes” na execução da obra investigada, com evidências de pagamento de propina, foram identificadas entre 2017 e 2018.

Cerca de 40 policiais federais participam da operação nesta manhã, cumprindo ao todo nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. As ordens expedidas pela Justiça Federal de Pernambuco que também decretou sequestro de bens imóveis situados em Recife e Gravatá.

A PF indicou que os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem ultrapassar os 40 anos de reclusão.

‘Barriga de aluguel’

O nomeado para o Dnocs é Fernando Marcondes de Araújo Leão. A autarquia sempre foi controlada pelo MDB, mas o presidente Jair Bolsonaro permitiu que a indicação fosse feita pelo deputado Arthur Lira (AL), líder do Progressistas (antigo PP) e réu em processo por corrupção passiva.

Lira, por sua vez, repassou o apadrinhamento para o deputado Sebastião Oliveira (PL-PE), representante do baixíssimo clero da Câmara, transformando a indicação numa “barriga de aluguel”. Ao terceirizar a escolha, ele desagradou a parlamentares do Progressistas, mas a estratégia faz parte dos planos para a construção de uma base de apoio na disputa pela presidência da Câmara, em fevereiro de 2021.

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