A defesa do ex-policial militar Fabrício Queiroz informou nesta terça-feira (4/8) que repudia a insinuação de que o cliente teria dado satisfação ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) sobre o caso das “rachadinhas”.
Em nota divulgada à imprensa, o advogado Paulo Emílio Catta Preta disse que Fabrício Queiroz teria dado, na realidade, satisfação ao filho Zero Um do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “acerca dos fatos investigados”.
“A defesa repudia a insinuação de que Fabrício Queiroz tenha dado satisfação acerca de rachadinhas ao então recém eleito senador Flavio Bolsonaro”, escreveu Catta Preta, na nota.

Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o seu ex-chefe de gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, Fabrício QueirozFacebook/ Reprodução

Logo após a operação Furna da Onça ser revelada, Queiroz foi internadoYouTube/Reprodução

Fabrício Queiroz, nome ligado à família BolsonaroReprodução/TV SBT

Nathália, filha de Fabrício Queiroz, ao lado de Flávio BolsonaroReprodução

Igo Estrela/Metrópoles

A relação de proximidade entre Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz é longa. Ele foi o chefe de gabinete do então deputado estadual no Rio de JaneiroArquivo Pessoal/Reprodução
“Esclarece que Fabrício Queiroz deu satisfação acerca dos fatos investigados, a mesma que após a comprovação judicial conduzirá à sua absolvição em face de eventual ação penal que, ressalte-se, não foi sequer proposta”, prosseguiu.
Entenda
Em depoimento obtido pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o ex-policial militar disse ter dado satisfação a Flávio Bolsonaro “do que aconteceu”. “Ele [Flávio] estava muito chateado, revoltado. Ele falou: ‘Não acredito que tu tenha feito isso, não acredito’”, relatou
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro disse também que acreditava que trabalharia em Brasília, mas não soube explicar se seria com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou com o próprio Flávio. “Era o certo, não é? Acho que sim. Só se eles me quisessem”, afirmou.
O depoimento de Queiroz foi feito no presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro, onde ele esteve preso por 22 dias. Hoje, o ex-assessor está em prisão domiciliar, após decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha.