A defesa do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), se manifestou nesta sexta-feira (28/8) após o afastamento do cargo do chefe do Executivo estadual e disse ter recebido a medida com “grande surpresa”.
“A defesa do governador recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis”, afirmou, em nota.
Witzel é investigado por irregularidades na área da Saúde. A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta manhã a Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, que mira a cúpula do governo fluminense.
A ação foi autorizada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves.
A Corte também expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do PSC; Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico; e Sebastião Gothardo Netto, ex-prefeito de Volta Redonda.
A medida contra Witzel tem validade de 180 dias. Com o afastamento do governador, quem assume o estado de forma temporária é o vice-governador Cláudio Castro (PSC).
Além dos mandados de prisão, os agentes cumprem ordens de busca e apreensão contra a primeira-dama Helena Witzel, o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), André Ceciliano, e o desembargador Marcos Pinto da Cruz.

Witzel foi citado em delação por ter indicado o município de Duque de Caxias para receber os repasses do Fundo Estadual de SaúdeRafaela Felliciano/Metrópoles

Witzel presta depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feiraTomaz Silva/Agência Brasil

Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson WitzelDivulgação

Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson WitzelTânia Rêgo/Agência Brasil

O governador Witzel e o vice-presidente Hamilton MourãoReprodução/TV Globo