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Congresso articula convocação de Braga Netto para explicar ameaças

Militar já havia sido convidado pela Câmara para prestar esclarecimentos sobre ataques ao senador Omar Aziz, que preside a CPI da Covid

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Braga Netto
1 de 1 Braga Netto - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Congressistas cobraram a ida do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para explicar supostas ameaças de golpe às eleições de 2022, em caso de rejeição do Parlamento ao voto impresso auditável. Nos bastidores, parlamentares se organizam para convocar o general a prestar esclarecimentos.

Não será a primeira vez que o militar deve ser convocado por deputados e senadores para se explicar. No início do mês, o general foi convidado pela Câmara dos Deputados a prestar esclarecimentos sobre a nota emitida por militares, em ataque ao senador e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM).

O convite é de autoria da Comissão de Fiscalização e Controle da Casa legislativa. Procurados pelo Metrópoles, membros do colegiado não descartaram novo convite ao general, e ainda ventilam a possibilidade de transformar o convite em convocação, obrigando Braga Netto a comparecer.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffman (PR), defendeu a convocação do ministro. “Partidos de oposição discutem, além da convocação de Braga Netto para prestar contas ao Congresso, também interpelá-lo junto ao STF para que negue, confirme e esclareça ameaças e arroubos autoritários às eleições de 2022”, publicou a parlamentar no Twitter.

Entenda

Conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Defesa teria mandado, no último dia 8 de julho, um recado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de que não haverá eleições em 2022, se não houver voto impresso e auditável.

Segundo o jornal, o recado foi dado por meio de um interlocutor ao presidente da Câmara. Ao dar o aviso, Braga Netto estaria acompanhado de chefes militares das Forças Armadas.

Ao receber o aviso, Lira entendeu se tratar, segundo o jornal, de uma ameaça de golpe. Para o titular da Câmara, o ato teria sido algo gravíssimo. Por isso, o deputado procurou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para esclarecer a situação, e assinalou ao chefe do Executivo federal que iria com ele até o fim, mesmo se fosse para perder a eleição, mas não iria admitir golpe.

Ainda de acordo com o jornal, o mandatário do país contemporizou e disse respeitar a Constituição. Lira, no entanto, destacou que o emissário foi claro ao dar o aviso do general. A divulgação da suposta ameaça provocou reação entre os Poderes.

 

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