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Câmara aprova convite a Braga Netto para explicar nota de militares

Ministro da Defesa assinou nota, com outros militares, rebatendo críticas do presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM)

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto
1 de 1 Novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (13/7), convite ao ministro da Defesa, Walter Braga Netto. Os deputados querem esclarecimentos do general sobre a nota assinada por militares com ataques ao presidente da CPI da Covid-19 do Senado, senador Omar Aziz (PSD-AM).

O requerimento é de autoria do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), e foi subscrito pelos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP), Léo de Brito (PT-AC), José Nelto (Podemos-GO), Padre João (PT-MG) e Hildo Rocha (MDB-MA).

O pedido inicial previa a convocação de Braga Netto. No entanto, após acordo com a base aliada do governo da comissão, os senadores aceitaram trocar para convite. A manobra permite que o ministro se recuse a comparecer.

Vaz afirmou que o Parlamento “não irá aceitar intimidação ao trabalho de fiscalização de agentes públicos”.

“A lei é para todos, doa a quem quer. O papel das Forças Armadas e do Ministério da Defesa não é tentar esconder irregularidades e atacar quem investiga corrupção, mas sim identificar e responsabilizar quem comete crime”, prosseguiu.

Entenda

A nota dos chefes das Forças Armadas foi uma reação à fala de Aziz de que “os bons militares deveriam estar envergonhados” com o envolvimento dos colegas de farda em “falcatruas do governo”.

Após a manifestação do senador, Braga Netto, em conjunto com os comandantes das três Forças Armadas, emitiu nota atacando Aziz. O texto provocou reações acaloradas no Legislativo.

Para acalmar os ânimos, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reuniu-se um Braga Netto um dia após o caso e defendeu que “o assunto está encerrado”.

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