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Carlos Wizard é o primeiro depoente da CPI a ficar em silêncio

Wizard falou apenas durante os 15 minutos que lhe foram disponibilizados pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM) para uma apresentação inicial

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Carlos Wizard_CPI da Covid
1 de 1 Carlos Wizard_CPI da Covid - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O empresário Carlos Wizard foi o primeiro depoente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que se recusou a responder os questionamentos de senadores do colegiado. Wizard falou apenas durante os 15 minutos que lhe foram disponibilizados pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM) para uma apresentação inicial.

Wizard, porém, não é o único depoente que teve o direito ao silêncio assegurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Além do empresário, o ex-ministro Eduardo Pazuello e a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério Saúde, Mayra Pinheiro, também foram autorizados a não responder os questionamentos. Ambos, entretanto, responderam mesmo assim.

Em apenas uma ocasião, Pazuello optou pelo silêncio. Instruído por advogados, o general não respondeu a questionamento feito pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) sobre o colapso sanitário em Manaus (AM).

O ex-governador Wilson Witzel não chegou a ficar em silêncio, mas levantou e deixou a sala, ao se irritar com provocações de senadores da base aliada do governo federal.

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Discurso religioso

Na única oportunidade em que falou, antes de começarem os questionamentos e em tom de pregação religiosa, o empresário defendeu desconhecer qualquer “ministério paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia da Covid-19.

“A minha disposição de servir o país combate a pandemia e salvar vidas faz com que eu seja acusado de pertencer ao suposto gabinete paralelo. Afirmo com toda veemência que jamais tomei consciência de um governo paralelo. Se, porventura, este gabinete existiu, eu jamais tomei conhecimento ou tenho qualquer informação a este respeito”, declarou Wizard à CPI da Covid.

“Digo mais: jamais fui convidado, abordado ou convocado para participar de qualquer gabinete paralelo. E essa é a mais pura expressão da verdade”, acrescentou.

O empresário disse também que não participou da oitiva, marcada no último dia 17 de junho, porque estava cuidando dos pais nos Estados Unidos. Wizard relatou suas experiências missionárias e citou passagens bíblicas, como Mateus, 25: “Eu tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver”.

Habeas corpus

Após a introdução, o empresário informou que não responderia qualquer pergunta, como permite o habeas corpus concedido pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Respeitosamente, senador, pela orientação dos meus advogados eu me reservo o direito de ficar em silêncio”, afirmou ao relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), que continuou fazendo as indagações.

Wizard prestaria depoimento à CPI no último 17 de junho, mas não compareceu, mesmo com habeas corpus que o autorizava a permanecer em silêncio durante a oitiva.

Os senadores querem saber sobre a participação do empresário no “ministério paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19 e sobre as negociações de aquisição de vacinas.

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