Assessores do ministro do Turismo do governo de Jair Bolsonaro (PSL), Marcelo Álvaro Antônio, teriam coagido uma candidata a deputada estadual pelo PSL a devolver parte da verba pública para a campanha eleitoral. O depoimento, feito ao Ministério Público, foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (5/2).
O veículo indicou na edição de segunda-feira (4) que o ministro teria usado candidaturas laranja para desviar recursos do fundo partidário nas eleições de 2018. Teriam sido investidos R$ 279 mil de dinheiro público em quatro candidaturas que tiveram poucos votos. No entanto, R$ 85 mil do valor total foram parar de forma oficial na conta de empresas de assessores, sócios ou parentes de Marcelo Álvaro Antônio.
A candidata e professora aposentada Cleuzenir Barbosa alegou ter sofrido pressão de cinco assessores do ministro. O documento está na Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise. O órgão deve avaliar se uma investigação será aberta, uma vez que o ministro tem foro privilegiado.
Álvaro Antônio negou as acusações, por meio da assessoria, e disse não ter ordenado a nenhum assessor que coagisse outros candidatos a devolver os recursos.
O Metrópoles mostrou que as candidaturas de Jair Bolsonaro e dos três filhos receberam verbas de assessores ligados aos gabinetes dos políticos na eleição do ano passado.