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Câmara segue com processo contra Silveira por ataques a antifascistas

A decisão foi tomada pelo Conselho de Ética. Deputado bolsonarista diz que suas falas em vídeo foram descontextualizadas

atualizado

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Deputado federal, Daniel Silveira se recusa a usar máscara
1 de 1 Deputado federal, Daniel Silveira se recusa a usar máscara - Foto: Reprodução/Facebook

Por 11 votos a 2, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta segunda-feira (22/3) dar prosseguimento ao processo disciplinar contra o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) pela divulgação de um vídeo contra manifestantes críticos do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), identificados como antifascistas.

A relatora do caso no colegiado foi a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT). Ela defendeu a abertura do processo por um vídeo postado pelo deputado no Twitter depois após manifestação em 31 de maio de 2020. No vídeo, Silveira usou diversos palavrões para se referir aos manifestantes antifascistas.

Ele ainda diz no vídeo que há muitos policiais armados participando de atos em defesa do governo e diz torcer para que um dos opositores tome um tiro “no meio da caixa do peito”.

“Até que vocês vão pegar um polícia [sic] zangado no meio da multidão, vão tomar um no meio da caixa do peito e vão chamar a gente de truculento”, afirmou, na gravação.

“Eu tô torcendo para isso. Quem sabe não seja eu o sortudo. Vocês me peguem na rua em um dia muito ruim e eu descarregue minha arma em cima de um filho da puta comunista que tentar me agredir. Vou ter que me defender, não vai ter jeito. E não adianta falar que foi homicídio, foi legítima defesa. Tenham certeza: eu vou me defender”, disse o parlamentar no vídeo.

Prisão

Silveira foi preso em flagrante pela Polícia Federal no dia 16 de fevereiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Alvo do inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos, A prisão ocorreu depois da divulgação de outro vídeo no qual ele faz ofensas, ameaças e pedido de fechamento do STF.

O deputado foi solto no dia 14 de março, para cumprir a pena em casa, com tornozeleira eletrônica. A decisão permite que o deputado participe das sessões e determina que ele e assessores não podem acessar as redes sociais.

Ao participar da sessão desta segunda, o deputado manteve sua postura de classificar o movimento antifascista como “terrorismo”.

Grupo paramilitar

Desafio a todos a acompanharem as manifestações daquele grupo chamando antifa. O tempo inteiro são sempre com atos de vandalismo, depredações de patrimônio público, agressores físicas e até assassinatos”, disse o deputado em seu momento de defesa dentro da sessão do conselho. “É um grupo paramilitar violentíssimo”, destacou.

O deputado disse ainda aos demais membros do conselho que não atacou ninguém e que sua fala foi retirada de contexto.

Segundo o parlamentar, ele hoje não teria como provar a descontextualização de sua fala por estar impedido de acessar as redes.

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