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Câmara derruba decreto assinado por Mourão sobre sigilo de documentos

Essa é a primeira derrota do governo Bolsonaro na Casa. Agora, o texto segue para análise no Senado

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mourão e Bolsonaro
1 de 1 Mourão e Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Insatisfeitos com a falta de interlocução com o Palácio do Planalto, deputados impuseram nesta terça-feira (19/2) a primeira derrota ao governo na Câmara. Eles aprovaram um projeto que susta os efeitos do decreto editado em janeiro pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, que ampliou a funcionários comissionados e de segundo escalão o poder de impor sigilo a documentos públicos. A votação foi simbólica. O texto segue agora para análise do Senado.

A proposta foi incluída na pauta de votações desta terça a pedido do líder do PP, Arthur Lira (AL), durante reunião de líderes realizada nesta manhã. De acordo com relatos de deputados, o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), chegou a pedir para que a proposta não fosse incluída na pauta, mas foi derrotado por seus colegas.

Antes da aprovação do mérito do projeto de decreto legislativo, a Casa aprovou a urgência da proposta por ampla maioria. Foram 367 votos a favor, 57 contrários e três abstenções. Durante a discussão sobre a matéria, o PSL foi um dos únicos partidos que defendeu o decreto de Mourão. O presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE), no entanto, votou a favor da urgência, assim como o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP). Outros 50 deputados da legenda votaram contra a urgência.

Logo depois da aprovação da urgência, o PSL apresentou um requerimento para retirá-lo de pauta sob a alegação de que era preciso mais tempo para debatê-lo e esclarecer o seu conteúdo junto aos parlamentares. Mais uma vez, o plenário impôs derrota e manteve o projeto na pauta.

Vitor Hugo minimizou a derrota. “Não é uma derrota. O PSL pode se manifestar como quiser, é um partido independente do governo, embora seja a base angular. Mas o governo liberou a bancada porque entende que o Parlamento é soberano. Para a gente, o resultado está tranquilo. No mérito, o governo não interpreta isso como uma derrota”, disse.

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