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Bolsonaro tenta derrubar demarcações ecológicas com governadores

Em café da manha com parlamentares evangélicos, ele pediu que os deputados apresentassem projeto que aumentasse a popularidade

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
05/07/2019 196º Aniversário da criação do Batalhão do Imper
1 de 1 05/07/2019 196º Aniversário da criação do Batalhão do Imper - Foto: Marcos Corrêa/PR

Durante café da manhã com a bancada evangélica, nesta quinta-feira (11/07/2019), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) contou que tem conversado com governadores para derrubar decretos que demarcam áreas de preservação ambiental. O objetivo do chefe do Executivo é captar investidores internacionais e transformar as regiões em atrações turísticas.

“Isso vale para todos os estados, para o Rio de Janeiro, por exemplo. O que a gente pretende fazer com o dinheiro de fora é transformar Angra em uma Cancún. Mas o decreto de demarcações ecológicas só pode ser derrubado por uma lei. Conversei com o Caiado [governador do Goiás] nesse sentido e com o governador do Pará sobre nos unirmos para desmarcar muita coisa por decreto”, afirmou aos parlamentares. “Isso não pode prosseguir”, continuou.

Na ocasião, o presidente propôs aos religiosos que enviem projetos que possam atrair o carisma da população brasileira. Em seis meses de governo, Bolsonaro tem perdido popularidade entre os brasileiros, segundo pesquisas do Ibope e do Datafolha.

“Os senhores têm ideias maravilhosas que, via decreto, quando um colega faz o seu relatório via projeto de lei ou medida provisória, essas pequenas medidas têm um alcance enorme no Brasil e trazem a população para nosso lado”, disse.

Com a afirmação, ele citou alguns exemplos de decretos que assinou recentemente e que atraiu olhares da população brasileira, como o aumento do tempo de validade da carteira de motorista, o fim da obrigatoriedade do simulador de trânsito e o “ponto-final” nas multas eletrônicas. “Com toda certeza, os senhores têm dezenas de situações que a gente pode ajudar com a caneta”, completou.

O presidente tem aproveitado o momento de vitória do Executivo no Congresso Nacional para voltar a se articular com bancadas nas quais tem perdido o poder, como a religiosa.

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