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Bolsonaro sobre vandalismo em protesto: “Esse tipo de gente quer voltar ao poder”

Presidente publicou vídeo com agressão a um policial durante manifestação em São Paulo. Após o ato pacífico, vândalos quebraram agências

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou, neste domingo (4/7), o vandalismo de um grupo de manifestantes em confronto com a Polícia Militar em São Paulo para defender o voto impresso e afirmou que é “esse tipo de gente que quer voltar ao poder”.

Manifestantes fizeram, nesse sábado (3/7), protestos pacíficos contra o governo Bolsonaro em diversas cidades do Brasil e do mundo. Contudo, houve ação de vândalos no fim do ato em São Paulo.

Em uma publicação no Facebook, Bolsonaro mostrou um vídeo no qual um manifestante acerta uma pedra em um policial, que, junto ao grupo, tentava se proteger da agressão. É possível ver pedras sendo arremessadas.

“Aos 36 segundos, um policial militar é atingido quase mortalmente por uma pedra. Esse tipo de gente quer voltar ao poder por um sistema eleitoral não auditável, ou seja, na fraude”, escreveu Bolsonaro.

Bolsonaro já havia usado as redes sociais mais cedo para criticar as manifestações contrárias ao governo dele, com imagens de vandalismo durante o ato. Em São Paulo, um grupo de pessoas depredou e ateou fogo em agências bancárias. “Nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder”, escreveu.

“Nenhum genocídio será apontado. Nenhuma escalada autoritária ou ‘ato antidemocrático’ será citado. Nenhuma ameaça à democracia será alertada. Nenhuma busca e apreensão será feita. Nenhum sigilo será quebrado”, publicou o presidente, mais cedo, no Twitter.

As manifestações estavam previstas para o dia 24 de julho, mas foram antecipadas após o protocolo do superpedido de impeachment na Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (30/6).

O protesto ocorreu um dia depois da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar a investigação contra o presidente Bolsonaro por prevaricação em relação às negociações da vacina Covaxin, produzidas pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

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