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Bolsonaro sobre presos mortos durante transferência no Pará: “Problemas acontecem”

O presidente defendeu trabalho forçado para os detentos e afirmou que a ideia não é maltratá-los

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao comentar as quatro mortes de presos em meio à transferência para outros presídios, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que “problemas acontecem” e “com certeza” os detentos estariam feridos no momento do traslado. Em Anápolis (GO), nesta quarta-feira (31/07/2019), o chefe do Executivo defendeu a adoção do trabalho forçado para presidiários.

“Se a gente puder conversar com Moro nesse sentido. Eu sou pelo presídio agrícola. Sei que mudar a Constituição é cláusula pétrea, mas queria que tivesse trabalho forçado no Brasil para esse tipo de gente. Ninguém quer forçar a barra, maltratar nenhum preso por aí, nem quer que sejam mortos, mas é o habitat deles. Eu fico com muita pena dos familiares das vítimas que esses caras fizeram”, disse Bolsonaro.

De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará, quatro detentos que sobreviveram ao massacre no presídio de Altamira, nessa terça-feira (30/07/2019), foram assassinados durante a transferência para outras cadeias. Eles faziam parte de um grupo de 30 presos que seguiam para o município de Marabá, a 600 quilômetros de distância.

Segundo nota do governo do Pará, de Helder Barbalho (MDB), as mortes ocorreram dentro de um caminhão de transporte de presos entre 19h de terça-feira (30/07/2019) e 1h desta quarta (31/07/2019). Eles viajavam algemados e estavam divididos em quatro celas.

“Com toda certeza deveriam estar feridos, né. Uma ambulância quando pega uma pessoa no caminho ela pode vir a falecer”, disse Bolsonaro ao minimizar as mortes.

Nesta quarta, antes de embarcar para Anápolis (GO), onde participa da cerimônia de assinatura do contrato de concessão da Ferrovia Norte-Sul, Bolsonaro comentou a morte dos 62 detentos nas redes sociais.

“Assisti às cenas de horror no presídio do Pará, mas também vi cenas macabras praticadas por esses que morreram contra pessoas humildes e indefesas. Fora dos presídios também uma guerra onde praticamente só um lado está armado (sic)”, lamentou.

Os comentários vieram seguidos de um vídeo no qual jornalistas perguntavam a Bolsonaro, nessa terça-feira (30/07/2019), a opinião dele sobre o massacre. “Pergunta para as vítimas dos que morreram lá, o que eles acham. Depois que eles responderem, eu respondo”, retrucou o chefe do Executivo na ocasião.

 

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