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Bolsonaro sobre Lula: “Se depender de nós, não conseguirá liberdade”

Por telefone, à TV Band, presidente afirmou que, se pudesse, não permitiria a nenhum condenado o direito de conceder entrevista da prisão

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
04/04/2019 Transmissão da live para as redes sociais
1 de 1 04/04/2019 Transmissão da live para as redes sociais - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta quarta-feira (30/04/2019) que, se depender do governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não terá liberdade garantida. O militar da reserva disse ainda que o petista esperava qualquer um no Palácio do Planalto, menos ele. As declarações foram dadas ao vivo, por telefone, durante o programa do Datena, na TV Bandeirantes.

“Se depender de nós, [Lula] não terá chance de conseguir sua liberdade”. “Espero que ele cumpra a pena. Esse [a prisão] deve ser o local dos que ousaram assaltar o nosso país”, disparou Bolsonaro.

O presidente também comentou a respeito da entrevista concedida pelo petista aos jornais Folha de S. Paulo e El País, na superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde cumpre pena no âmbito da Lava Jato desde abril do ano passado.

“Sobre o Lula, eu jamais permitiria qualquer um condenado a dar entrevista. Confesso que não vi [a coletiva]. Ele me criticou ali. É o tal negócio né, o PT esperava qualquer um chegar na Presidência, menos eu”, argumentou o militar da reserva.

Venezuela
Bolsonaro destacou que está buscando a solução para a crise na Venezuela. “Buscamos a solução para o problema de forma pacífica. É o objetivo número um. Temos que analisar as hipóteses, mas, quem tem todas as opções na mesa é o [presidente dos Estados Unidos, Donald] Trump, o qual admiro”, afirmou.

O brasileiro ainda disse que as Forças Armadas foram atacadas durante o governo do PT. “Se algum país quiser partir para uma guerra de conflitos, usando nosso país, nossos militares têm uma força de reação um tanto quanto pequena. A gente tem que analisar isso aí”, observou.

“Para a tomada do poder ou para a conquista do poder ignorando a democracia, a esquerda, o PT, tinha um grande obstáculo. Além das religiões, tem a questão das Forças Armadas. Como você faz pra aniquilar os militares? É fazer um trabalho como eles [PT] fizeram. Tentativa constante de desacreditá-los diante da população. Nós sobrevivemos a tudo isso daí”, afirmou o militar da reserva.

Posse de arma
Bolsonaro voltou a falar sobre o excludente de ilicitude, que, na prática, protege fazendeiros de punição caso acertem um invasor com arma de fogo. Ele argumentou que proprietários de áreas rurais podem se defenderem enquanto estiverem no perímetro de suas propriedades.

“Quem mora no campo, conversei com [presidente da Câmara, Rodrigo] Maia (DEM-RJ) que vale para todo perímetro da propriedade. Vale andar pela churrasqueira e pelo quintal”, falou o presidente. De acordo com Bolsonaro, o povo decidiu pela compra e posse de armas e munições: “Devemos respeitar a vontade popular. Caso contrário, vira ditadura”.

Previdência
Durante a conversa com Datena, Bolsonaro admitiu que não era favorável à reforma da Previdência nos outros governos. Segundo ele, “faltava números”. “Chegando ao governo, tomei conhecimento dos números”, disse, justificando a mudança de posicionamento.

O presidente da República voltou a dizer que a reforma “visa tirar um desconto maior de quem ganha mais e menor de quem ganha menos. E aumentar o serviço em 5 anos para todo mundo”.

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