Bolsonaro se reúne com príncipe herdeiro de Abu Dhabi
O presidente brasileiro presenteou Mohammed bin Zayed Al Nahyan com uma camisa da seleção brasileira de futebol
atualizado

Enviada especial aos Emirados Árabes – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu, na tarde desta segunda (15/11, horário local) com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
Segundo o Itamaraty, ao término do encontro, Bolsonaro entregou ao príncipe herdeiro de Abu Dabhi e ao emir de Abu Dabhi, xeique Khalifa bin Zayed Al Nahyan, colares da Ordem do Cruzeiro do Sul.
Também presenteou Al Nahyan com uma camisa da seleção brasileira de futebol.

Bolsonaro e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed Al Nahyan

Bolsonaro entrega camisa da seleção brasileira ao príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed Al Nahyan

Bolsonaro visita a Planta Industrial da BRF nos Emirados Árabes Alan Santos/PR

Bolsonaro inaugurou o estante brasileiro na Dubai Air Show Mayara Oliveira/Metrópoles

Bolsonaro passeia na Dubai Air Show Mayara Oliveira/Metrópoles

Presidente é recebido por apoiadores em Dubai Mayara Oliveira/Metrópoles

Bolsonaro mostra o KC-390 Mayara Oliveira/Metrópoles

Bolsonaro se encontra com o emir de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum Alan Santos/PR
Mais cedo, o presidente participou do Invest In Brazil Forum, realizado em Dubai e organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). O evento contou com a participação de mais de 300 empresários e executivos brasileiros. Ministro do governo, autoridades e investidores árabes também participaram do fórum.
Em seu discurso, Bolsonaro afirmou diante de empresários e autoridades árabes, que a Amazônia é “úmida” e “não pega fogo”.
Não é a primeira vez que o chefe do Executivo federal fala isso. Em 2020, por exemplo, em transmissão ao vivo nas redes sociais, ele fez a mesma observação e afirmou que há uma “seita ambiental” europeia, cujo interesses são estimular uma “briga comercial” para prejudicar o agronegócio brasileiro.
Durante o discurso, Bolsonaro disse que os “ataques” que o Brasil sofre quando relacionados ao meio ambiente “não são justos” e convidou os investidores árabes para conhecerem a Amazônia “de fato”.
“Nós queremos que os senhores conheçam o Brasil de fato. Uma viagem, um passeio pela Amazônia. É algo fantástico. Até para que os senhores vejam que, a nossa Amazônia, por ser uma floresta úmida, não pega fogo. Que os senhores vejam, realmente, o que ela tem. Com toda certeza uma viagem inesquecível”, declarou o presidente.
Bolsonaro lembrou que a Amazônia é um patrimônio brasileiro. “E vocês lá comprovarão isso e trarão realmente uma imagem que condiz com a realidade. Os ataques que o Brasil sofre, quando se fala em Amazônia, não são justos. Mais de 90% daquela área está preservada. Está exatamente igual a quando foi descoberta no ano de 1500. A Amazônia é fantástica”, prosseguiu.
Críticas à política ambiental
Desde 2019, o governo do presidente Bolsonaro tem sido criticado pela forma como tem conduzido a questão do desmatamento na Amazônia. De acordo com números divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia Legal teve uma área de 877 km² sob alerta de desmatamento, uma alta de 5% em relação a 2020 e recorde para o mês de outubro na série histórica.
Dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, do Observatório do Clima, mostram que o Brasil tem aumentado o total de gás carbônico emitido para a atmosfera, apesar de ter firmado um acordo de redução há mais de 10 anos.
Segundo o Observatório do Clima, a quantidade de gás carbônico emitida pelo Brasil em 2020 foi a maior desde 2016. Desde 2010, o país elevou em 23% o valor de gases de efeito estufa.