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Bolsonaro diz que não vai assistir à sessão do TSE: “Julgamento político”

TSE retoma nesta quinta-feira (29/6) julgamento da ação em que Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido da comunicação

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Bolsonaro diz que não vai assistir à sessão do TSE
1 de 1 Bolsonaro diz que não vai assistir à sessão do TSE - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não irá assistir ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (29/6), que pode torná-lo inelegível por oito anos. Ele conversou com a imprensa nesta manhã, antes de embarcar para o Rio de Janeiro, e disse estar “se sentindo muito bem, vida que segue”.

Após voto do relator da ação na Corte Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, os demais ministros vão proferir seus votos em sessão na manhã desta quinta-feira (29/6). Caso não haja pedido de vista, o futuro político do ex-presidente será decidido.

“Não vou assistir ao julgamento. Tenho trabalho no Rio de Janeiro, meu pessoal vai me mandar informações do que está acontecendo. Eu não posso ficar o tempo todo vendo televisão”, declarou o ex-mandatário. Segundo ele, trata-se de um julgamento “político”.

Veja o vídeo:

 

Bolsonaro recorreu a anotações no celular para lembrar supostos episódios em que políticos da esquerda teriam questionado o sistema eleitoral brasileiro. Ele citou José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Previdência e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi.

O manadatário citou uma declaração de Lupi defendendo o voto impresso para a recontagem de votos. Ele então, falou em “injustiça”, questionou a “materialidade da peça” impetrada pelo PDT, ao dizer que estão tentando “encontrar pêlo em ovo”.

“O que parece? A esquerda quer ter uma eleição em 2026 sem concorrente. Por WO, basicamente. Poderia até se pensar, pensando pela esquerda, se é que eles pensam, que está dispensada a eleição de 2026 sem um concorrente a altura. Seria reeleger o Lula por aclamação”, afirmou.

Ele comentou, ainda, que segue otimista. “Eu ainda conto com a isenção da maioria dos integrantes do TSE. O que pretendemos em 2026? pretendemos disputar as eleições e ganhá-las”.

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Reunião com embaixadores

Na Aije em julgamento, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) pede que o TSE declare inelegíveis Jair Bolsonaro e Walter Souza Braga Netto, candidatos a presidente e vice da República em 2022.

A legenda os acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do então presidente, Jair Bolsonaro (PL), com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022.

Segundo o partido, o ex-presidente atacou, no evento, o TSE e o STF e afirmou, novamente sem apresentar nenhuma prova, que os resultados das eleições gerais de 2022 proclamados pela Justiça Eleitoral não seriam confiáveis.

Enquanto a legenda o acusa, o ex-presidente alega que não cometeu nenhuma infração ao sistema eleitoral e que o encontro com os embaixadores estrangeiros foi um “ato de governo”, insuscetível de controle jurisdicional sob a ótica do “fim político” e da soberania.

Em pronunciamento esta manhã, Bolsonaro repetiu que só fez a reunião “porque dois meses antes, sem legitimidade, o senhor Edson Fachin, que estava no TSE também, reuniu-se com embaixadores”.

“Não tem problema, é informação. Vivemos em uma democracia. É normal um ministro do STF convocar embaixadores para falar sobre as maravilhas, segundo ele, do nosso sistema eleitoral? Por que ele fez isso?”, questionou.

Julgamento no TSE

O julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos entra em sua terceira sessão, nesta quinta-feira (29/6). Caso não haja pedido de vista, o futuro político do ex-presidente deve ser decidido.

Depois de o relator do caso, Benedito Gonçalvesmanifestar-se a favor da condenação do ex-presidente, o julgamento será retomado com o voto do ministro Raul Araújo. Em seguida, votam os ministros Floriano de Azevedo Marques, Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.

Os ministros que acompanharem o relator seguirão o entendimento de que Bolsonaro cometeu abuso de autoridade e uso indevido de meios de comunicação em reunião realizada com embaixadores, em julho de 2022. Assim, eles se posicionarão pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro, por oito anos, a contar das eleições de 2022.

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