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Bolsonaro diz que não brigou com Barra Torres e assunto era privado

Barra Torres cobrou retratação de Bolsonaro porque o mandatário questionou qual seria o “interesse” da Anvisa ao aprovar vacinas pediátricas

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Bolsonaro eEvento de lançamento de Linhas de Crédito para Aquicultura e Pesca no palácio do Planalto
1 de 1 Bolsonaro eEvento de lançamento de Linhas de Crédito para Aquicultura e Pesca no palácio do Planalto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar o impasse com o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a respeito da aplicação das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Nas entrelinhas, ele criticou as declarações que Antônio Barra Torres deu à imprensa, depois que ele questionou qual seria o interesse da agência em aprovar a aplicação do imunizante em criança de 5 a 11 anos.

“Não briguei com o presidente da Anvisa. Questionei sobre um assunto que tinha que ser questionado, só eu, ele e mais ninguém. De repente tá na imprensa, essa questão”, desabafou Bolsonaro, durante a cerimônia de Lançamento de Linhas de Crédito para Aquicultura e Pesca, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (12/1).

“Eu tenho tido, às vezes, conversas ríspidas com ministros e fica entre nós dois, em um canto, onde tem liberdade de colocar seu ponto de vista para buscarmos o melhor pra o nosso Brasil”, completou.

Bolsonaro deu a entender que as declarações recentes de Barra Torres através de nota, que ele classificou como “agressiva”, teriam sido em razão de uma conversa privada sobre a aprovação da aplicação do imunizantes em crianças.

No entanto, a gota d’água para a nota do contra-almirante foi a acusação do próprio presidente na qual questionava “que interesses” a agência tinha com a vacinação de menores.

“Você pai e você mãe, vejam os possíveis efeitos colaterais. A própria Pfizer diz que outros possíveis efeitos colaterais podem acontecer a partir de 22, 23 ou 24 anos. E você vai vacinar teu filho contra algo que o jovem, por si só, uma vez pegando o vírus, a possibilidade dele morrer é quase zero?”, disse o titular do Palácio do Planalto, sem apresentar provas, em entrevista à Rádio Nova FM, de Pernambuco.

“O que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse daquelas pessoas taradas por vacina? É pela sua vida, pela sua saúde?”, continuou o chefe do Executivo federal.

Em resposta, Barra Torres redigiu uma nota oficial pedindo que Bolsonaro se retratasse das acusações feitas à Anvisa ou pedisse a abertura de uma investigação para averiguar eventual corrupção.

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar. Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate”, cobrou Barra Torres.

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